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Resenha - Os Pergaminhos Vermelhos da Magia

Os Pergaminhos Vermelhos da Magia


"Pergaminhos Vermelhos da Magia", publicado pelo Grupo Editorial Record e nos entregue por eles, é o primeiro livro da série “As Maldições Ancestrais”, de Cassandra Clare em parceria com Wesley Chu. O livro foi lançado em 2018 e é um dos spin-offs da saga dos Caçadores de Sombras.

Neste livro, acompanhamos Alec Lightwood e Magnus Bane, personagens que vimos anteriormente em Instrumentos Mortais, e que aprendemos seus jeitos e trejeitos. Juntos, um caçador de Sombras e um Alto Feiticeiro embarcam em uma viagem romântica pela Europa, mas como sempre estão metidos em confusão, a viagem não demora muito a ser arruinada.

Os problemas começam quando ambos percebem a existência dos Pergaminhos Vermelhos da Magia, esses pergaminhos contêm feitiços e magias proibidas, com total potencial de causar muito estrago, e obviamente, eles não podem deixar um artefato desses solto pelo mundo. 

Logo começa uma corrida contra o tempo, junto a alguns outros caçadores para conseguir a posse de tais pergaminhos antes que caiam em mãos erradas, e com o surgimento de um culto demoníaco que pode ter sido fruto de uma piada de mal gosto envolvendo os personagens, tudo parece correr contra o tempo.

Eles descobrem uma feiticeira que está muito interessada em trazer um demônio à terra, e fará de tudo para conseguir. Verdades vêm à tona e feridas antigas se abrem. Alec e Magnus precisam lidar com inimigos antigos, mas também com questões pessoais e seus conflitos, lutando contra o medo e inimigos poderosos, além de possíveis retornos de príncipes do inferno, eles têm que trabalhar juntos e alimentar ainda mais a confiança que têm um no outro.

A história focada mais em Alec e Magnus nos traz uma nova visão do casal adorado da saga, com muita ação, magia e romance. A narrativa cativante explora a relação complexa entre os dois, mergulhado em questões mais profundas como identidade, lealdade e significado de vida, além de se aprofundar na mitologia desse universo rico e vasto que Cassandra nos proporciona, encantando e emocionando os leitores.

Resenha Correntes de Espinhos

 Correntes de Espinhos


Corrente de Espinhos é o terceiro e último livro da série “As Últimas Horas” de Cassandra Clare em parceria com Wesley Chu. O livro foi lançado em 2023.

O livro foi fornecido e publicado pelo Grupo Editorial Record. A série “As últimas Horas” é um dos spin-off de “Instrumentos Mortais”, fazendo parte do mesmo universo de Caçadores de Sombras. 
Nesta série voltamos para a Londres de 1903, seguindo um novo grupo de personagens, incluindo os filhos dos personagens de “As Peças Infernais”.

Pedimos atenção aos SPOILERS, já que se trata do terceiro e último livro da série!

Na série acompanhamos a história de James Herondale e Cordelia Carstairs, que em um desenrolar de problemas, acabam se casando e sendo ameaçados por segredos obscuros do passado e desvendam seus segredos.

Em Corrente de Espinhos, Cordelia vê sua vida ir por água abaixo, incluindo seu casamento e o acordo que fez com Lillith, sem ameaças que Belial retornaria, ela decide ir a Paris com Matthew Fairchild, ambos com mágoas para curar.

Ambos aproveitam Paris e se divertem, enquanto James se martiriza por ter perdido Cordelia após ficar livre do Controle de Grace nele, e Lucie, sua irmã está desaparecida com o Feiticeiro Malcom Fade. Sem esperanças, James acaba indo em busca do Parabatai e sua esposa, e os encontra, não como desejava. 

A realidade esmaga o plano de todos, já que Tatiana Blackthorn conseguiu fugir da Cidadela de Adamant, e tanto sua relação com Belial quanto a da família Herondale é exposta e sofre os ataques da Clave.

Com reviravoltas que nos deixam na ponta da cadeira, Cordelia faz um trato com Lilith e James com Belial, traições são perdoadas e inimigos se tornam aliados, e claro, lágrimas vão ser derramadas.

Londres é tomada e começa uma força tarefa para tentar reaver a cidade, com os Ladrões alegres trabalhando em conjunto, tentando descobrir fraquezas e passagens secretas, mas mesmo quando tudo parecia ruim, poderia piorar, pois James é levado ao inferno, e Matthew vai com ele.

Mesmo presos com Belial, James e Matthew não desistem, sendo um o auxílio do outro, mesmo quando tudo parece acabado, com Matthew sofrendo e James com um plano perigoso, vemos os parabatais juntos novamente, sendo uma força conjunta enquanto Lucie e Cordelia tentam chegar até eles, testando a amizade e lealdade delas, expondo segredos e a força de cada uma, e delas juntas.

Após o plano de James começar a se desenrolar com Belial, os Ladrões Alegres, junto de Cordelia e Lucie terão que lidar sozinhos com o letal Belial e Londres tomadas de Irmãos do Silêncio possuídos e salvar não só suas vidas, mas a cidade também. 

Tanto os livros anteriores quanto o Corrente de Espinhos tratam de temas como amor, lealdade, amizade e luta contra forças maiores e sombrias, com uma narrativa emocionante e repleta de intrigas, ação e muitos mistérios sobrenaturais, nos trazendo a conclusão épica da série dos personagens que tanto gostamos e que vale a pena conferir.

Resenha - Saga Alcateia - Eddie Van Feu

Se tem uma coisa que gostamos muito, é de apresentar artistas brasileiros pra vocês. E como já faz um tempo que não aparecemos por aqui, decidimos falar de uma saga de fantasia pra vocês se deleitarem!

Eddie Van Feu é escritora e roteirista, conhecida por seus livros sobre misticismo e também os de ficção, como Lua das Fadas e Crônicas de Leemyar. Em 1996, apresentou seu fanzine original "Olha A Frente" às editoras, logo o projeto foi aceito pela Editora Escala onde a autora continuou a trabalhar e produziu sua primeira publicação esotérica.

Hoje, Eddie tem sua própria editora Linhas Tortas, onde vocês podem encontrar estes livros e todos os outros!


Iniciado em 2009 com "Alcateia Prateada", a saga nos apresenta uma sociedade de lobisomens. Eles vivem no Château das Vertentes, um lugar escondido na França em meados do século XVII, porém essa é apenas uma das cidades de seres mágicos que existe nesse universo. Cada uma dessas cidades é oculta de olhares curiosos, possui seu líder e sua própria cultura - mas algumas características são comuns: eles não gostam muito de humanos, interagem com outros seres encantados e não são favoráveis à existência de mestiços.

Dito isso, nosso personagem principal é o mestiço Philippe, um rapaz bondoso, humilde e sensível, que mora em um casebre deixado pela sua mãe humana. Ele precisa trabalhar duro para provar seu valor e sobreviver dentro do château, sonhando com o dia em que finalmente poderá se transformar em lobo e será aceito como um igual pelos membros da sua sociedade.

Philippe tem como companhia Prateada, sua loba branca de estimação e Diderot, capitão da guarda da cidade que ofereceu sua amizade e está sempre o ajudando, dando conselhos e o defendendo de todas as maldades e crueldades que os outros fazem com ele.

Dentro dessa trama, Philippe enfrenta um forte bullying e o preconceito de forma angustiante e desesperadora. Ele vive na miséria, quase diariamente leva surras do seu capataz e é humilhado. Sua vida é triste e degradante, mas nada disso nos faz desgostar da história, muito pelo contrário. Torcemos a cada página para que a justiça seja feita e que dias melhores cheguem.

Depois de certos acontecimentos que mudam drasticamente sua vida e até sua importância dentro do château, o rapaz começa a viver uma montanha russa: ele passa a ter momentos inesquecíveis de felicidade, mas também traumas que parecem que nunca vão ser superados, e a nós resta torcer que passe tudo e volte a ser o rapaz de bom coração.


Mesmo gostando bastante da leitura, é difícil ler um livro onde o protagonista sofre tanto. Philippe mal tem tempo de se curar de suas feridas, quando apanha novamente.

Também, durante boa parte da história, vemos basicamente a rotina dele: acordar > brincar com Prateada > trabalhar > apanhar > voltar para casa > apanhar mais > aparece Diderot > dormir. Essa estrutura permanece até a reviravolta do primeiro livro.

Seu segundo volume chegou em 2013; em Alcateia Lua Carmesim, o Clã dos Lobos Brancos tem uma chance de voltar ao poder e assumir o trono da sua espécie, e para isso, o Duque das Vertentes não vai deixar que nada o atrapalhe. Mas será que, mesmo com o passado batendo à sua porta, ele vai conseguir dar as costas para a verdade?

Enquanto isso,
a vida de Philippe começa a mudar de um jeito diferente do que ele esperava. Sangue continua sendo derramado, enquanto ele ainda luta para encontrar seu espaço no château e inimigos aumentam ao seu redor, ameaçando não só sua felicidade, como sua vida.

O último volume até então foi publicado em 2018;
Alcateia Sol Negro é uma leitura de tirar o fôlego, recheado de emoções e reviravoltas que estávamos esperando desde o início! Uma luta clássica entre lobisomens e vampiros se forma, ao mesmo tempo em que eles precisa correr contra o tempo para manter a paz entre os reinos, mas uma guerra pode estar mais próxima do que imaginávamos.

Essa saga traz seres encantados na sua forma mais sublime e, porque não dizer, encantadora? Fadas que se apresentam dentro de banquetes ritualísticos; vampiros que não podem sair durante o dia; bruxas conhecedoras de magias e feitiços; ciganos que fazem a leitura da sua sorte dentro de tendas coloridas; lobisomens que se transformam em bestas na lua cheia. É um verdadeiro colírio para amantes de fantasia!

A leitura é agradável e possui pontos certos de humor, deixando tudo mais leve de ser digerido. Não existe apenas um personagem que seja o alívio cômico da história, cada um tem sua veia humorística e capacidade de descontrair uma situação tensa.

É notável que a história amadurece conforme avança, elementos mais adultos começam a ser mais presentes.
A escrita é chamativa e nos prende do começo ao fim. Mesmo querendo parar algumas vezes pelas descrições de violência, a história é comovente e traz vários conselhos sobre a vida. Recheada de amor, magia e ensinamentos, é uma aventura cativante de uma tradicional história medieval de fantasia.

Quer mais dicas de livros? Acompanhe nossa sessão de resenhas no site!


3 filmes para conhecer e se encantar por Greta Gerwig

Depois da explosão mundial que o filme Barbie (2023) obteve nas bilheterias e nos assuntos mais comentados até então no ano passado e neste ano, é impossível não falarmos sobre Greta Gerwig e o seu talento único para dirigir filmes contemporâneos.

Reprodução/internet

Greta Celeste Gerwig é atriz, roteirista e diretora norte-americana. Nascida em 1983 na cidade de Sacramento, na Califórnia, nos Estados Unidos, estudou na Saint Francis High School e formou em 2002. Sua graduação aconteceu na Barnard College da Universidade de Columbia, onde se graduou em Inglês e Filosofia. 

Inicialmente, Greta queria seguir uma carreira como dramaturga, mas não obteve êxito na época. Ainda durante a sua graduação, teve a oportunidade de atuar no filme LOL (2006), de Joe Swanberg, filme que marcou a sua estreia como atriz. 

A partir de 2010, a diretora colaborou em alguns filmes de Noah Baumbach, seu marido, como Frances Ha (2012) (filme que levou Greta a ser indicada para o Globo de Ouro). 

Greta Gerwig é conhecida por defender pautas e temáticas do espaço feminino no cinema e o seu estilo cinematográfico vem ganhando cada vez mais atenção do público.

O estilo de direção de Greta é bastante reconhecido pelo Mumblecore: movimento de cinema independente que se iniciou nos Estados Unidos após os anos 2000. Algumas características marcantes desse movimento são os orçamentos baixos, roteiros e cenas improvisadas, normalmente atores não-profissionais e temas que giram em torno de relacionamentos amorosos entre jovens que estão entrando para a vida adulta.

A forma como Greta tem representado a mulher e os acontecimentos, sensações e pautas que permeiam as fases da vida é algo que nos desperta bastante a atenção.

Confira a seguir 3 filmes da Greta para você conhecer mais sobre o seu trabalho. 

1- Adoráveis Mulheres (2019)

Reprodução/internet

Sinopse: As irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Eliza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os Estados Unidos atravessam a Guerra Civil. Com personalidades completamente diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras.


Particularmente esse é um dos meus filmes preferidos produzidos por Greta. Ele foi inspirado no livro Little Woman da escritora norte-americana Louisa May Alcott (1868). Essa obra chama atenção para tudo: estética, fotografia, figurino, atuação, enredo, personagens. É um filme perfeito para assistir em qualquer dia e em qualquer companhia: sozinha (o), com amigas (os), família, namorado (a). A relação da família e, principalmente das irmãs, é linda e podemos observar o processo de amadurecimento psicológico de cada uma. A forma como elas são ensinadas pela mãe e as ações que decidem por si mesmas ao lidar com dificuldades e situações cotidianas é muito bonito e podemos aprender grandes lições sobre a vida. 

2- Barbie (2023)

Reprodução/internet

Sinopse: No fabuloso live-action da boneca mais famosa do mundo, acompanhamos o dia a dia em Barbieland - o mundo mágico das Barbies, onde todas as versões da boneca vivem em completa harmonia e suas únicas preocupações são encontrar as melhores roupas para passear com as amigas e curtir intermináveis festas. Porém, uma das bonecas (interpretada por Margot Robbie) começa a perceber que talvez sua vida não seja tão perfeita assim, questionando-se sobre o sentido de sua existência e alarmando suas companheiras. Logo, sua vida no mundo cor-de-rosa começa a mudar e, eventualmente, ela sai de Barbieland. Forçada a viver no mundo real, Barbie precisa lutar com as dificuldades de não ser mais apenas uma boneca - pelo menos ela está acompanhada de seu fiel e amado Ken (Ryan Gosling), que parece cada vez mais fascinado pela vida no novo mundo. Enquanto isso, Barbie tem dificuldades para se ajustar, e precisa enfrentar vários momentos nada coloridos até descobrir que a verdadeira beleza está no interior de cada um.


O filme até hoje promove controvérsias tanto por quem já assistiu quanto para quem não viu ainda. Muitas pessoas afirmaram não gostar da obra por Greta trazer questões "feministas" (assim afirmam). Acredito que seja um filme que vale sim a pena assistir, inclusive, todas as mulheres poderão afirmar a cada 10 minutos de cena que passam ou já passaram por exatamente o que é falado no filme e o que é vivido pela personagem da Barbie. Achei a criatividade da estética do filme algo sensacional e diferente do que estamos acostumados a ver. Você é transportado para uma realidade mais "fantasiosa", além de ter um momento de reflexão querendo ou não, sobre coisas reais que presenciamos no contexto social (e perceber isso não te faz necessariamente feminista, apenas realista quanto à realidade existente em nosso meio). Ah, e você vai se emocionar muito também! 

3- Lady Bird: a hora de voar (2017)

Reprodução/internet

Sinopse: Em Lady Bird - A Hora de Voar, Christine McPherson (Saoirse Ronan) está no último ano do ensino médio e o que mais deseja é ir fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia, ideia firmemente rejeitada por sua mãe (Laurie Metcalf). Lady Bird, como a garota de forte personalidade exige ser chamada, não se dá por vencida e leva o plano de ir embora adiante mesmo assim. Enquanto sua hora não chega, no entanto, ela se divide entre as obrigações estudantis no colégio católico, o primeiro namoro, típicos rituais de passagem para a vida adulta e inúmeros desentendimentos com a progenitora.

Assista o trailer

Lady Bird foi outro filme que vi diversos comentários negativos. Uns acharam a personagem Christine muito mimada e insensível, especialmente quando se tratava de sua relação com a sua mãe. Acho que quem for assistir, precisa ter em mente que se trata de uma adolescente no final da sua fase colegial e que está prestes a ir para a faculdade. Tenho certeza que muitas garotas se sentiram identificadas com a protagonista (eu me senti em muitos aspectos), e, muitas vezes, infelizmente, essa transição de fases é carregada de muitas confusões, escolhas erradas, atitudes erradas, influências, pressão... aspectos que você só repara depois que "termina a fase" e que "amadurece" de certa forma. Imagino que Greta quis propor esse "incômodo adolescente" para o telespectador. Christine é confusa e vive coisas completamente aleatórias e foi exatamente essa personagem que Greta quis trazer e, a partir da visão dela, o filme se torna marcante de certa forma. 


O que você acha das obras da Greta? Tem alguma preferida? Acho que ela ainda vai deixar muito mais marcas dela no mundo do cinema. :)


Bônus: Inclusive, Barbie (2023) está concorrendo a 6 indicações ao Oscar 2024: melhor filme, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor roteiro adaptado, melhor direção de arte e melhor figurino.