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NOOK FALL: West Town - o jogo que promete emoção e conexão

 

NarraTruth Games/Reprodução

Faça parte da narrativa e descubra acontecimentos passadss no jogo NOOK FALL: West Town, um visual novel isométrico onde você pode interagir e explorar West Town, conhecendo seu estado atual e decifrando uma história de 30 anos atrás.

Ficha Técnica:

Desenvolvimento: NarraTruth Games
Distribuição: GCORES PUBLISHING
Jogadores: 1
Gênero: Casual, Indie, RPG
Idioma: inglês e chinês simplificado
Plataformas:  PC

Faça parte da história

NarraTruth Games/Reprodução


Cuide de uma lojinha em um canto afastado da cidade, acompanhe o movimento das pessoas e impacte suas vidades de diferentes formas, você escolhe.

Com a dinâmica de logista que interfere na vida de seus clientes, o jogo lembra Coffee Talk, mas ao invés de agir por meio das bebidas, são os diálogos que fazem a diferença na história. Além disso, você pode explorar bem mais que apenas a lojinha em que trabalha, ampliando bastante seus horizontes e opções de ação.

O que esperar?

NOOK FALL: West Town promete uma aventura ao longo de 10 dias no jogo, girando em torno de um festival prestes a acontecer na cidade, com liberdade para conhecer diversos lugares, pessoas e histórias.

Administre a loja, faça amigos, explore as regiões da cidade e depois volte para casa onde pode escutar uma boa música, ler as notícias e descansar após um longo dia de descobertas.

Você pode ter um gostinho dessa narrativa jogando a demo do jogo, disponível na Steam.

Anima: Gate of Memories I e II – Remaster – Primeiras Impressões

Anima Publishing/Divulgação

Anima: Gate of Memories I e II Remaster marca o retorno de uma duologia pouco conhecida, mas querida por seu nicho, trazendo-a para as novas gerações com melhorias visuais e de performance. Mesmo mantendo uma jogabilidade que denuncia claramente a época em que foi concebida, o remaster preserva o charme original e entrega uma experiência divertida, fluida e esteticamente marcante.

Uma Jogabilidade Que Guarda o Melhor do Passado

Anima Publishing/Divulgação

A jogabilidade de Anima remete diretamente aos RPGs de ação da era Xbox 360/PS3 — ainda que o primeiro jogo tenha saído mais tarde. Aqui, o jogador pode controlar dois personagens simultaneamente, alternando entre eles com um toque, o que traz dinamismo aos combates e possibilita estratégias complementares.

Além disso, elementos clássicos do gênero marcam presença: árvores de habilidades, itens, equipamentos e golpes desbloqueáveis conforme o progresso. Nada é particularmente inovador, mas tudo funciona de maneira competente. O combate é responsivo, os controles são diretos e, mesmo sem grandes mecânicas diferenciadas, o jogo entrega o que promete.

Uma Estética Que Resiste ao Tempo

Anima Publishing/Divulgação

Visualmente, o remaster faz um bom trabalho. Os cenários — ainda que não sejam complexos em camadas ou estrutura — apresentam boa variedade e cores vibrantes que ajudam a construir a atmosfera única do jogo.

O design dos personagens segue uma estética fortemente inspirada em anime, sem muita originalidade, mas com um carisma suficiente para sustentá-los. As melhorias gráficas do remaster ajudam a dar mais vida às texturas, iluminação e efeitos, deixando tudo mais agradável aos olhos.

Uma Mitologia Misteriosa e Envolvente

Anima Publishing/Divulgação

No primeiro jogo, acompanhamos The Bearer of Calamities, uma jovem que firma um pacto com Ergo Mundus, uma poderosa entidade aprisionada em forma humana. Juntos, eles se veem envolvidos em uma conspiração que envolve criaturas antigas, organizações secretas e uma ameaça que pode destruir o mundo.

No segundo jogo, The Nameless Chronicles, a narrativa se aprofunda no passado de um dos personagens mais influentes do universo de Anima, explorando temas como imortalidade, destino e culpa.

Até onde foi possível jogar, a história se mostra envolvente, com uma mitologia que intriga e prende a atenção, ampliando constantemente seu próprio universo.

Música Que Dá Alma à Jornada

Anima Publishing/Divulgação

A trilha sonora se destaca sempre que aparece. Seus arranjos épicos e melodias grandiosas ajudam a elevar momentos-chave da aventura, dando um tom de magnitude que combina muito bem com a proposta do jogo. Ainda que seja usada com parcimônia, tem impacto suficiente para marcar a experiência.

Conclusão: Um Retorno Discreto, Mas Muito Bem-vindo


Anima: Gate of Memories I e II Remaster é uma viagem nostálgica para quem jogou os títulos originais e uma oportunidade valiosa para novos jogadores conhecerem esse universo peculiar. Embora carregue traços claros de sua época — especialmente na jogabilidade e na estrutura — o remaster consegue modernizar a experiência o bastante para torná-la agradável, divertida e visualmente mais consistente. Um retorno discreto, mas muito bem-vindo, especialmente para fãs de RPGs de ação com forte identidade estética.

Cultura | Quadrinho de herói precisa voltar a ser coisa de criança

 

Arte por Alex Ross em Reign Of Tomorrow ( DC Comics )


Quando assisti a Superman, de James Gunn, senti um certo alívio ao perceber a direção que a DC parece finalmente adotar para seu universo. Não se trata, aqui, de julgar o filme, que, por si só, carrega falhas evidentes e está longe de alcançar qualquer ideal de perfeição, mas de reconhecer a intenção subjacente: a compreensão de que os heróis precisam voltar a dialogar com aqueles que mais necessitam deles. Crianças, adolescentes, jovens, o público que moldará o amanhã, são estes os verdadeiros destinatários da figura heroica, e é a eles que a narrativa deve oferecer um horizonte de otimismo, senso de justiça e formação moral. 


O Superman que emerge dessa nova fase é, sobretudo, humano: falho, hesitante, mas movido por um esforço contínuo de se tornar melhor. É aquele que sempre foi nos quadrinhos. Uma figura que encarna o heroísmo não como espetáculo, mas como ética, uma necessidade inerente. Enxergo nisso não apenas uma tendência, mas uma necessidade clara do próprio mercado, que começa, enfim, a se afastar da sombra persistente do anti-herói corrompido para reencontrar o herói que inspira, especialmente quando se pensa no olhar infantil, que ainda percebe o mundo com a força transformadora da esperança.


Arte por Tom Grummett (2021) e cores de Rich Seetoo (2024) ( DC Comics )


Mas, para resgatar a figura do herói, é incontornável retornar ao contexto que o viu nascer. Superman foi concebido no rastro da Grande Depressão, em um cenário de fome, desemprego, pobreza generalizada e um sentimento coletivo de desesperança. Ao mesmo tempo, o fascismo ganhava corpo na Itália, o nazismo tomava as ruas da Alemanha, e a hostilidade contra imigrantes, somada ao racismo estrutural dirigido a negros e judeus, também se manifestava abertamente nos Estados Unidos. É nesse turbilhão que Superman surge, oferecendo ao leitor uma certeza de que ele não estava completamente sozinho. Jerry Siegel e Joe Shuster, ambos judeus e parte de uma minoria marcada por perseguições, criaram o personagem a partir de vivências que carregavam o peso da exclusão. Nos anos 1930, chegaram a esboçar uma versão inicial de Superman para uma revista de ficção científica que fracassou; nessa fase embrionária, ele assumia a feição de um antagonista, quase um vilão futurista. Com o tempo, porém, esse conceito foi sendo redesenhado, talhado e purificado até se tornar aquilo que conhecemos: não um agente da opressão, mas a projeção heroica de um desejo profundo de justiça e proteção. 


Superman inicia sua existência nas tiras de jornal, em narrativas concisas onde, em poucos quadros, enfrentava o crime ordinário. O impacto foi imediato: o público reconheceu, naquele herói indestrutível, algo para além da força — a condição de estrangeiro. Um alienígena imigrante lançado em um mundo que nunca lhe pertenceu, mas que, paradoxalmente, o acolheu como símbolo. E, mesmo assim, ele permanecia humano em suas falhas: enganava-se, tropeçava, amava. Seu centro moral sempre fora o coração. Superman acreditava no bem como princípio ativo, quase inegociável. Surgiu para proteger os vulneráveis daqueles que, movidos pelo individualismo, buscavam erguer seus triunfos à custa do sofrimento do outro. O mal, nesse sentido, não era uma entidade mítica, mas a escolha de conquistar sem consciência, de avançar sem considerar a dor alheia. Superman ergueu-se precisamente contra isso, não apenas como defensor, mas como contraponto ético a uma sociedade inclinada à indiferença.


Arte por Joe Shuster ( DC Comics )

Ainda bem que a indiferença sempre foi coisa de adulto. Porque as crianças e os mais jovens não compartilham dessa rigidez emociona, veem o mundo sob uma ótica idealizada, onde explorar é natural e sonhar é um direito. Nelas, a alegria surge desarmada, autêntica, e é justamente nesse estágio da vida que imaginação e aprendizado se entrelaçam de forma decisiva para a formação do caráter. É justamente aí que o Superman se inscreve como figura orientadora, lembrando que a bondade não é ingenuidade, mas uma força transformadora; que fazer o bem ao outro é um gesto de coragem, sobretudo em um mundo habituado à indiferença e, tantas vezes, dominado pelo rancor, tristeza e ódio. 


O herói, do Superman a Homem-Aranha, de Batman à Mulher-Maravilha, jamais foi cativante por ser “super”, mas por ser, antes de tudo, uma projeção ampliada da nossa própria humanidade. A cultura, ao longo das décadas, moldou e remoldou essa figura, mas há, hoje, ao meu ver, uma urgência palpável,  uma necessidade de de coragem de contra-cultura que recupere o herói não como instrumento de poder, e sim como guardião de princípios. Um herói que não apenas enfrente monstros, mas sustente boas convicções, que pratique o amor ao próximo de forma incondicional, que sirva como bússola ética em uma era marcada por fragmentação e anestesia moral. Vivemos, sim, uma crise de valores, não apenas uma erosão das noções de moralidade, de bem e mal, mas uma crise alimentada pelo individualismo promovido pelo capitalismo tardio e pela globalização que dissolveu fronteiras, vínculos e responsabilidades em uma sociedade progressivamente líquida, novamente citando Baumann. Houve uma inflexão profunda na compreensão do que significa ser humano. Essa transformação pode ser fértil ou desastrosa, dependendo da direção que assumirmos e das vozes que escolhemos seguir. É precisamente por isso que o herói deve orientar as crianças, porque são elas que, até hoje, recordam aos adultos o significado de esperança e a capacidade de sonhar sem receio.


Arte por Steve Ditko ( Marvel Comics )


Por isso me incomoda quando os mais velhos repetem o bordão de que “a geração atual não faz nada”. É um fardo injusto, que exige das crianças que amadureçam antes da hora, uma pressa que rouba o próprio sentido da infância. O lugar delas é na escola, no brincar, no exercício livre da imaginação, na criação espontânea do seu herói interior. É ali, nesse espaço de leveza e descoberta, que se planta o futuro que ainda insistimos em exigir delas sem lhes dar as ferramentas para construir um mundo melhor. Acredito que verei, e farei o possível para contribuir, para que o herói e o próprio quadrinho retornem ao lugar que sempre lhes pertenceu: o imaginário das crianças. E Deus sabe o quanto este anseio, simples e profundo, é a minha vontade mais autêntica enquanto artista.


Review: A Perseguição

Adrenalina Pura+/Divulgação

Dirigido por Juan Carlos Medina, A Perseguição é um thriller policial franco-belga que chega para testar os limites entre tensão, desconfiança e a pressão do tempo. A trama acompanha seis dias intensos em que policiais e suspeitos se enredam em uma investigação marcada por violência, segredos e dilemas morais.

Ficha Técnica

Direção: Juan Carlos Medina
Gênero: Thriller policial / Suspense
Idioma: Francês / Belga

Sinopse

Adrenalina Pura+/Divulgação

O longa aposta em uma atmosfera densa, com fotografia fria e tons sombrios que reforçam a sensação de claustrofobia emocional. O ritmo é cadenciado, mas sempre carregado de suspense, dando ao espectador a impressão de que algo pode explodir a qualquer momento.

Resenha

Adrenalina Pura+/Divulgação

As atuações são um ponto alto: Sami Bouajila entrega intensidade e vulnerabilidade em um personagem que luta entre dever e humanidade, enquanto Julie Gayet equilibra firmeza e empatia, adicionando camadas à narrativa. A direção de Medina evita soluções fáceis e aposta em silêncios e olhares para dizer tanto quanto a ação explícita.

No entanto, o filme pode dividir opiniões. Quem busca reviravoltas impactantes pode sentir falta de um clímax mais explosivo, já que A Perseguição prefere a tensão psicológica ao espetáculo visual. Ainda assim, é justamente essa escolha que dá autenticidade ao projeto, aproximando-o mais de um drama criminal do que de um suspense hollywoodiano.

Disponível no Adrenalina Pura+

Cópia cedida para análise por: Adrenalina Pura+