Estamos vivendo em uma época repleta de remakes e reboots na cultura pop. De Filmes, jogos e animações.
Bons exemplos são os remakes de Mad Max e de Jurassic Park, quanto a filmes. Quanto a jogos, temos o remake dos primeiros jogos da série Resident Evil - ou Biohazard, em japonês. Até Devil May Cry ganhou um reboot, mas acabou que voltaram atrás e o quinto jogo na franquia saiu na última semana.
Até em animes temos o Fullmetal Alchemist Brotherhood, mas diferente dos outros aqui citados, o remake foi por conta de fazer a animação seguir exatamente o mangá.
Já pararam também para prestar atenção em quantas obras antigas estão sendo "renovadas"?
Mas, será que essa série de remakes sendo feitos realmente vale a pena? Não estraga a obra original?
E por que estou abrindo essa discussão aqui neste artigo? Calma que eu explico!
Mais duas animações dos anos 80 e 90 entraram para essa lista. She-ra, mais conhecida nos anos 80 como a irmã do He-man, que em 2018 recebeu uma nova animação na Netflix: She-ra e as Princesas do Poder.
Já no início de 2019, foi a vez da ladra de capa vermelha ganhar uma nova animação - também na Netflix: Carmen Sandiego.
Especificamente com a She-ra, a animação não foi muito bem recebida por homens - já na casa dos 40 anos - afirmando que não era mais a personagem, que "tinha estragado". Talvez seja por conta de qualquer sexualização que havia acerca da protagonista simplesmente ser retirada. Até porque não faz o menor sentido aquela saia curta e as botas de salto para liderar uma rebelião né?
Algumas pessoas que são mais saudosistas acabam não recebendo muito bem essas novas versões dos personagens que já conhecem. A nostalgia acaba nublando a nossa visão para notar que isso é uma coisa boa.
Ambas as animações renovaram bem as histórias para as novas gerações.
She-ra e as Princesas do Poder é repleto de uma complexidade e de personagens diferentes e carismáticos. E diferente do original, Adora salva a si própria. Ela quem descobre a verdade, de que o lado dela é o mal e então, ela decide combater contra o que foi a vida dela por longos anos. E tem o detalhe de terem construído uma relação dela com a Felina que deu uma maior riqueza a história. Temos personagens das mais diversas cores, tipos e etnias, além de termos um casal LGBT. E tudo isso é mostrado de uma forma tão natural. Eu confesso que gosto muito do desenho original, mas eu amei essa nova animação. Assisti igual a uma criança mesmo!
Carmen Sandiego sempre foi uma personagem meio misteriosa. No original, a única coisa que a gente sabia sobre a personagem era ser uma excelente ladra, usar o sobretudo e chapéu vermelho e ficar perambulando pelo mundo. Ela tinha o nome no desenho, mas era a menos focada na história, que ficava apenas com dois irmãos detetives correndo atrás dela.
Alias, curiosidade: O desenho é baseado num jogo, por isso tem o foco de geografia na história, porque era um jogo para ensinar isso.
Nessa nova animação, ela recebeu uma história de origem e uma profundidade que nunca foi sequer dada a ela antes. Gostava muito do quê de mistério que rolava no original, mas adorei conhecer a Carmen Sandiego. A academia que forma vilões e os irmãos que são inspirados no detetives do original. E claro, o Player. E tudo o que ela faz é deter aqueles que ela sempre admirou no final das contas. Ela percebe o que há por trás de tudo. Isso é algo em comum entre as duas!
Inclusive dá para perceber os elementos que remetem ao original em ambos. Então, quem já assistiu o antigo vai sim ter aquele gostinho de nostalgia.
Então, a pergunta que não quer calar: Esses remakes valem a pena? Na minha humilde opinião: Sim
.
São uma forma de apresentar as novas gerações e elas também conhecerem essas histórias que nos fizeram tão felizes durante a infância e ficar felizes as assistindo também, todas feitas de um modo que é mesmo para eles. E a gente também pode curtir, se quiser. Afinal, não é algo que a gente gosta? Por que não ter mais pessoas para dividir o gosto por essas histórias?
Postar um comentário