Um dia, muito tempo atrás, quando eu queria assistir ao filme “Os Três Mosqueteiros” (aquele mesmo, com o Logan Lerman), eu encontrei uma série chamada The Musketeers e pensei, por que não? Foi então que eu descobri o que seria posteriormente uma das minhas séries favoritas.
A série é inspirada no livro de Alexandre Dumas, que conta a história do jovem D’Artagnan, que sonhava em ser um mosqueteiro do Rei Luís XIII, só que a série não segue à risca a obra de Dumas, uma das mudanças é que D’Artagnan vai a Paris em busca do assassino de seu pai, que ele pensa ser o mosqueteiro Athos. Mesmo com mudanças, a história não foge do clima do livro.
O enredo é composto de várias reviravoltas, aventuras e ação, sem nunca exagerar, montando uma história coesa e bem desenvolvida. Uma coisa que chama a atenção é que ela foge do termo “mocinhas em perigo”, afinal todo seu núcleo feminino é composto por mulheres independentes, que correm atrás do que querem, como a personagem Constance Bonacieux, que aprende a atirar e lutar com espadas, e até ajuda os mosqueteiros em vários momentos.
A Rainha Ana é um destaque, por ser a única pessoa boa e sensata que aconselha o Rei e tira ele e a própria França de algumas enrascadas, além disso, ela acaba se apaixonando por um homem, um amor proibido, e vocês acham que ela esqueceu esse amor e deixou para lá? Pois ela fez exatamente o contrário, indo atrás de sua própria felicidade, mesmo correndo risco de morte.
Não posso encerrar o assunto do núcleo feminino sem falar da Milady de Winter, mulher de Athos, que ele acreditava estar morta. Ela é espiã do Cardeal, principal vilão da primeira temporada, mas ela, na verdade, trabalha para seu próprio bem, enganando e formando estratégias para seu benefício próprio, provando ser mais que um rostinho bonito.
Saindo do núcleo feminino vamos para o masculino, mais especificamente para os mosqueteiros. Athos é um homem frio e racional, atormentado pelo seu passado com sua esposa, Porthos é um homem fiel a seus princípios, que busca reconhecimento, e também, saber mais sobre seu passado. Aramis é um mulherengo muito religioso, geralmente o alívio cômico das cenas, D’Artagnan é um jovem inconsequente e apaixonado, que ainda está descobrindo seus valores.
O elenco dessa série faz um trabalho incrível, entregando atuações fortes e reais, totalmente condizentes com seus personagens, além da química entre os atores ser explícita, o que auxilia na entrega da atuação. Outra coisa que chama a atenção é o trabalho artístico, envolvendo ambiente e figurino, ambos muito bem feitos, levando o espectador a Paris de 1625.
Enfim, essa série é muito boa, mais um trabalho incrível da BBC, ela possui apenas três temporadas, cada uma com dez episódios, e um final redondo. Só de falar aqui, já me deu vontade de assistir novamente. E você? Ficou curioso para assistir The Muskeeters?
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