O curta-metragem Bao, da Pixar, escrito e dirigido pela cineasta chinesa Domee Shi ganhou o Oscar de melhor Curta-Metragem de Animação ao apresentar, em pouco tempo, uma história impactante sobre maternidade.
O curta conta a história de uma mãe que, após sofrer muito com a ausência do filho, vê a vida ganhar novo sentido quando um dos bolinhos que preparava ganhou vida. Ela cuida da curiosa criatura com muito amor e carinho, porém essa cresce e se torna independente, deixando a pobre mãe triste novamente.
O filme trata claramente da superproteção das mães, que não conseguem lidar com o amadurecimento dos filhos e nem com sua partida. Isso fica obvio quando o “bolinho” começa a crescer e amadurecer, deixando sua mãe de lado para começar a viver sua própria vida.
O curta quer problematizar essa maternidade superprotetora, deixando claro suas consequências como a danificação da construção da identidade da criança, explicitado no momento onde, ao ver que seu “bolinho” ia sair de casa, a mãe o engole, literalmente. Isso acontece metaforicamente, quando uma mãe protege tanto seus filhos que quer “engoli-los”.
No meio de tantas metáforas, o que a Pixar quer realmente passar com esse filme é a importância de criar os filhos para serem independentes, sem a superproteção dos pais ou parentes e também a de deixar os filhos construírem a própria vida.
O curta passou nos cinemas antes do filme Os Incríveis 2 e fez muito sucesso, não é à toa que ganhou um um prêmio como o Oscar. O filme foi disponibilizado no Youtube pela Pixar por um tempo limitado, que já acabou. Mesmo assim, você consegue encontra-lo na plataforma de vídeo e em vários outros canais.
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