Essa crítica possui alguns spoilers.
Uma criança alienígena que caiu na terra através de uma nave especial foi criada por um casal de fazendeiros do interior do Kansas, onde lhe é ensinado os bons valores da humanidades. Não jovens, esta não é uma história do Superman, essa é a história de Brandon Bayer, o Filho das Trevas.
O filme deixa bem claro em sua sinopse e trailers que se trata de uma releitura da história de origem do Superman, mostrando na verdade o lado complementarmente oposto do grande herói que conhecemos. Isso não é nenhuma novidade visto que histórias semelhantes já foram mostradas como em Injustice, onde vemos um Superman ditador; o Sindicato do crime que é mostrado versões malignas da Liga da Justiça. Trabalhado nessa ideia do "e se", Brightburn uma premissa muito bom mas que acaba pecando um pouco na execução.
Dirigido por David Yarovesky e produzido por James Gunn (aclamado por seu trabalho em Guardiões da Galáxia), o filme conta a história de um casal que não conseguia ter filhos e que em uma certa noite sua propriedade foi atingida por uma Nave espacial caída. Nela, continha um bebê que eles acabam adotando e cuidando como seu próprio filho.
O filme dá um salto de 12 anos e já vemos Brandon Bayer no colégio e começando a descobrir seus poderes que para um filme de baixo orçamento, conseguiu fazer um bom uso dos efeitos especiais, mostrando o garoto voando em focos diferentes da câmera.
O filme tem ótimas cenas de ação, que infelizmente não são muitas e são demoradas para acontecer. Mas se você curte um filme com bastante sangue, bom… este é um deles.
O que estraga um pouco o filme é a falta de desenvolvimento do personagem e uma história um pouco rasa: nela o garoto acaba se tornando um ser extremamente ruim e agressivo sem um motivo específico e pelo que parece, as vozes que se passam pela sua cabeça o fazem ficar cada vez mais agressivo. Talvez se houvesse algum acontecimento mais plausível que o motivasse matar e a ser um ser ruim daria ao filme um gás a mais.
Percebe-se que o filme é algo experimental e que está aberto a criar um universo maior, podendo ter versões malignas outros heróis como Aquaman e Batman. Se este for o caso, teríamos um universo maligno interessantíssimo desde que esses filmes tenham um foco no desenvolvimento dos personagens e saibam se aprofundar nessa premissa.
Brightburn é um filme regular, mas se saísse dessa ideia de que é um gênero terror o filme fica melhor e mais aceitável. A ideia é boa, os efeitos especiais são bons, a maquiagem também tem seu bom trabalho e o que deixa ele fraco é somente a questão do pouco aproveitamento da ideia do filme para explorar mais o personagem central.
Brightburn - O Filho das Trevas conta com boa atuação de Jackson A. Dunn na pele do jovem Brandon, Elizabeth Banks, David Denman, Matt L. Jones. com o roteiro de Brian e Mark Gunn.
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