Que temporada foi essa, senhoras e senhores? É normal e até mesmo esperado que uma série, com o passar das temporadas, vá perdendo a qualidade. No entanto, parece que esse não é o caso de Stranger Things: a série parece não ser capaz de decair.
Pode parecer exagerado falar tão bem assim de uma série, mas essa merece. A terceira temporada de Stranger Things se passa durante o verão, todos estão de férias, curtindo ou arrumando empregos temporários. Eleven agora leva uma vida normal, dentro do possível para uma garota com super poderes, e continua namorando Mike, o que desagrada seu pai, Hopper, um pouquinho.
Tudo estava indo bem em Hawkins, até não ir mais. Mesmos vilões, motivações diferentes. Isso impede a história de ficar repetitiva e cansativa, o que é difícil de imaginar já que o antagonista é o mesmo, mas a forma como o enredo é desenvolvido e como as motivações de todos são mudadas, faz com que uma nova história seja criada em cima de algo já conhecido.
O enredo é muito bem estruturado, fazendo ótimas ligações com as temporadas passadas, ligações essas que causam uma nostalgia nos fãs. As histórias secundárias também são muito bem desenvolvidas, e a melhor delas é a amizade de Eleven e Max. Quando ambas estão juntas, há uma cumplicidade muito gostosa de ver, e um discurso empoderador sobre independência e força, é com certeza uma das melhores coisas da série.
Além disso, as crianças não são mais crianças, são adolescentes, e a série explora muito bem isso, incrementando a história com conflitos adolescentes que todos conhecem, mas que nunca ficam cansativos. Podem ser até chamados de clichês, mas complementam a história de uma maneira incrível, dando mais humanidade a ela.
Outro ponto alto é a interação e química que alguns personagens têm. Não apenas o clássico casal Mike e Eleven, que mantêm sua química, mas outros realmente surpreenderam, como Max e Eleven, Steve e Robin, Hopper e Murray, enfim, todos eles têm uma interação muito divertida e boa de se ver. Contudo a melhor de todas foi a interação entre Joyce e Hopper. Eles sempre tiveram uma boa interação, mas nessa temporada ela estava perfeita, sem nenhum defeito.
O clímax se desenvolve muito bem, e é muito interessante ver que a Eleven não é a protagonista do desfecho dele. Não vou dar detalhes, mas é realmente bom ver isso. O final é impactante e até triste, mas a cena pós-crédito deixa uma grande abertura para a próxima temporada, uma que pode revelar os verdadeiros vilões da história. A última coisa que tenho a dizer é que, apesar de ter sido mais sangrenta e nojenta que as outras, essa é uma ótima temporada, com um ótimo desfecho. Quem não assistiu ainda vai já confeir.
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