Filmes sobre o descobrimento do Brasil


Em 22 de abril de 1500 a História do Brasil começava quando Pedro Álvares Cabral desembarcou no litoral do nordeste brasileiro. O fato é cercado de polêmicas como a própria utilização do termo “descobrimento”, que segundo alguns historiadores passa uma visão eurocentrista, além do fato de haver indicações que outros navegadores já haviam estado em solo brasileiro antes de Cabral.

Deixando as polêmicas de lado, esse fato histórico já foi retrato de diversas formas ao longo dos tempos incluindo produções de filmes, separamos alguns títulos para celebrar a data, confira:

“O descobrimento do Brasil”


Filme de 1936 dirigido por Humberto Mauro e com trilha sonora de ninguém menos que Heitor Vila-Lobos, mistura de documentário com ficção, o longa conta com textos extraídos da Carta de Pero Vaz de Caminha e apresenta a chegada da frota portuguesa às costas brasileiras. A produção representou o Brasil no Festival de Veneza de 1938.

"A Missão"


Produção britânica de 1986 dirigida por Roland Joffé e com trilha sonora do maestro Ennio Morricone. No final do século XVIII, Rodrigo Mendoza é um mercador de escravos espanhol que faz da violência seu modo de vida, e ele mata o próprio irmão na disputa pela mulher que ama. Porém, o remorso leva-o a juntar-se aos jesuítas nas florestas brasileiras. Lá, ele fará de tudo para defender os índios que antes escravizara. O elenco conta com Robert De Niro, Jeremy Irons e Liam Neeson e o filme tornou-se um dos grandes clássicos sobre a temática da colonização na América.

"Carlota Joaquina, Princesa do Brazil"


Marco da retomada do cinema nacional, o longa de 1995 foi dirigido por Carla Camurati e protagonizado por Marieta Severo e Marco Nanini. O filme conta parte da história da monarquia portuguesa, e a elevação do Brasil, de colônia do império ultramarino português, a reino unido com Portugal.

"Caramuru, a Invenção do Brasil"


Lançado em 2001, o filme é inspirado na minissérie da Rede Globo, "A Invenção do Brasil". O elenco tem Selton Mello, Camila Pitanga e Deborah Secco, a direção é de Guel Arraes e o roteiro foi escrito por Arraes ao lado de Jorge Furtado. Em tom bem-humorado, o longa tem como ponto central a história de Diogo Álvares, artista português, pintor talentoso, responsável por uma das lendas que povoam a mitologia brasileira — a do Caramuru.

"Desmundo"


Ambientado em 1570, o filme lançado em 2003 aborda a época em que os portugueses enviavam órfãs ao Brasil para que casassem com os colonizadores. Falado em português arcaico, o filme fez com que o elenco tivesse que aprender o idioma e foi apresentado com legendas para ajudar na compreensão. O longa foi premiado no Brasil e no exterior.

“ Hans Staden”


Lançado em 1999 e dirigido por Luis Alberto Pereira, Hans Staden é um imigrante alemão que naufragou no litoral de Santa Catarina. Dois anos depois, chegou a São Vicente, concentração da colônia portuguesa, onde trabalhou, visando juntar dinheiro para retornar à Europa. Neste tempo, Staden teve um escravo da tribo Carijó. Um dia, preocupado com seu sumiço repentino, Staden parte em sua procura e sete Tupinambás, inimigos dos portugueses, o encontram e o prendem, no intuito de matá-lo e devorá-lo.

“República Guarani”


Lançado em 1982 e dirigido por Silvio Back este filme retrata a cultura e a história dos guaranis e o que eles sofreram. Conta através de depoimentos de estudiosos e pesquisadores históricos o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e extensa iconografia, a história dos índios Guaranis que sofreram a catequese dos jesuítas e foram organizados em missões localizadas naqueles países, de 1609 a 1768. São exibidos trechos do filme "Xetás na Serra dos Dourados" de Vladimir Kosák (1956), do acervo do Departamento de Psicologia e Antropologia da Universidade Federal do Paraná.

“Como Era Gostoso o Meu Francês”


A narrativa se passa no Brasil do século XVI e tem como protagonista um francês, Jean, personagem inspirado em Jean de Léry, membro de uma missão que chega à França Antártica, colônia estabelecida por Nicolas de Villegagnon na Baía da Guanabara. No filme, Jean e alguns integrantes do grupo rebelam-se e são condenados à morte. A nado, Jean consegue escapar e chegar ao continente. Ele é então capturado por índios tupiniquins, amigos dos portugueses. Depois de um ataque dos tupinambás, amigos dos franceses, Jean é feito prisioneiro por eles, mas os tupinambás acreditam que ele é português e o condenam à morte. Enquanto espera a execução, tem o direito de ficar com a mulher do chefe da tribo, Seboipepe. Passadas oito luas, ele será morto e comido pelos tupinambás.

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