Com o roteiro de Aaron Sorkin e Ben Mezrich e produção executiva de Kevin Spacey, o filme A Rede Social conta a história da criação do facebook, e um processo milionário que envolveu a empresa.
Protagonizado pelo ator Jesse Eisenberg no papel de Marck Zuckerberg, Justin Timberlake como Sean Parker e Andrew Garfield como Eduardo Saverin, o filme lançado em dezembro de 2010 deu muito o que falar.
Começamos acompanhando o jovem Mark, um estudante da computação de Harvard que é extremamente inteligente e gosta de desenvolver programas. Revoltado com o fim de um namoro, ele resolve falar mal dela em seu blog pessoal e cria uma rede chamada Facemash, onde as pessoas poderiam votar em quem era a menina mais bonita que estava na tela, e todas as fotos foram retiradas do site da instituição. Para o plano dar certo, ele chama seu amigo Eduardo Saverin, que consegue completar o código do programa e deixar o site no ar.
Os servidores da faculdade foram sobrecarregados, e apesar de ter chamado atenção do reitor para o que ocorreu, dá-se a impressão de que pouco foi feito com relação ao fato de um aluno burlar o sistema da faculdade, disponibilizar fotos de maneira ilegal das alunas e ainda propor uma brincadeira idiota só para marcar um ponto com a ex. Apesar disso, ele chamou atenção do irmãos Winklevoss, que tinham ideia para uma grande rede social e convidaram Mark para ingressar nela.
Com o crescimento de uma rede tão grande e a enorme quantidade de usuários, a questão era sobre como monetizar tudo isso, e com isso aparece Sean Parker, que tempos atrás havia lançado o Napster, um streaming de música que havia feito muito sucesso. No entanto, Parker tinha a fama de ser inconsequente e irresponsável, o que não agradou Saverin. Porém, Zuckerberg ignorou os avisos de Saverin e acabou tirando o amigo da jogada, o que fez com que o Facebook fosse para a Califórnia.
A partir daí, Mark recebe duas ações judiciais: uma dos irmãos Winklevoss e uma do Saverin.
Confesso que enquanto ia assistindo, vários sentimentos me passaram. Surpresa e admiração pelos personagens, incredulidade por algumas situações e até mesmo raiva pela maneira como a história finaliza. Os atores conseguiram transmitir muito bem a mensagem de cada personagem, e se tudo é verídico ou não, fica a critério do que o espectador quer acreditar.
Diria que o filme não dá um protagonismo apenas a um personagem, muitos lados são ouvidos e é possível entender um pouco mais de cada um. As ações judiciais vão ocorrendo durante o filme, e é difícil definir um culpado. Quem estaria certo?
Senti certa dificuldade de criar uma simpatia pelo Mark, por ele ser tão distante e frio, analítico demais. Talvez seja justamente essa a proposta. Saverin é o amigo fiel, o empreendedor que tem boas ideias, mas não gosta de dar o braço a torcer e acaba sendo enganado. Ele estava errado em suas decisões?
Justin Timberlake também surpreendeu. O personagem dele entrou na minha lista dos que mais desprezei, e como alguém apaixonada por gestão e pelo mundo nos negócios, digo que para mim o perfil dele é um dos piores tipos de empreendedores/empresários, alguém com quem eu particularmente não iria querer fazer algo. Quando o dinheiro está envolvido, as pessoas mudam. Mas uma pessoa inconsequente, que não pensa nem nos próprios sócios, isso é algo que não deveria ser valorizado.
Os diálogos são ótimos e parecem muito reais, os flashbacks não atrapalham em nada e novamente, o final fica a critério do espectador, juntamente com seu julgamento do que acredita ser certo ou errado.
Recomendo muito esse filme a todos que queiram entender um pouco mais do mundo das redes sociais, que queiram ver um filme que retrata o nascimento de uma empresa e goste de um bom drama.
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