Lançado em outubro de 2018, baseado em fatos reais, o filme "Bohemian Rhapsody" trata-se de uma biografia inspirada em um dos conjuntos de rock mais aclamados de todos os tempos: o Queen!
O foco principal do longa metragem é especialmente na vida pessoal e profissional do vocalista Freddie Mercury.
O ator, Rami Malek, exibe um espetáculo de interpretação, transpassando todas as hesitações de Freddie.
PremiaçõesUm verdadeiro triunfo de crítica e público, Bohemian Rhapsody arrecadou prêmios significativos como dois Globos de Ouro (Melhor Filme Dramático e Melhor Ator Dramático) e um BAFTA de Melhor Ator.
O longa também recebeu cinco indicações ao Oscar 2019: Melhor Ator, Melhor Montagem, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som. Ao findar da noite, o filme levou para casa quatro troféus: Melhor Ator (Rami Malek), Melhor Mixagem de Som, Melhor Montagem e Melhor Edição de Som.
Resumo do filme
O longa aborda a trajetória da banda inglesa desde a união dos integrantes até a morte do vocalista, Freddie Mercury.
O cenário traduz a realidade da Inglaterra dos anos 1970, com a rebeldia dos jovens que buscavam um meio de se expressarem.
A vida conturbada de MercuryNo ângulo pessoal, Freddie enfrentava alguns problemas de rejeição em casa. Os pais, conservadores, não concordavam com a vida boêmia e anarquista que o filho levava, o que impulsionou Freddie a investir cada vez mais na carreira junto à banda.
É nessa mesma época que Mary Austin passa a fazer parte de sua vida.
É em Mary que Freddie confiou todos os seus segredos e é com ela que ele partilhou os seus melhores e piores momentos.
A banda escalou rapidamente e com suas faixas cada vez mais tempo nas paradas de sucesso, o Queen brilhava fora do país.
As turnês levavam a banda para os quatro cantos do mundo e, em uma dessas viagens, Mercury descobre que também sente-se atraído por rapazes.
O descontrole de Freddie MercuryO sucesso excessivo, o dinheiro, a fama súbita e algumas companhias problemáticas submetiam Freddie a um caminho perigoso, ele passou a atrasar, faltar em compromissos e a se autodestruir.
Com a vida desregrada, consumida pela droga e pela proliferação de parceiros, Mercury entrou numa preocupante espiral descendente e acabou deixando a banda. Entretanto, o distanciamento não durou muito e após um período de solidão e descontrole, o vocalista voltou a ser um Queen.
O trágico fim de Freddie MercuryPouco antes do evento beneficente "Live Aid", Freddie partilhou com os membros da banda que contraiu AIDS e que sua vida seria breve.
Apesar do final trágico, Jim Hutton, o parceiro de Freddie, ficou ao seu lado até o final da vida.
Diferenças entre o filme e a vida real
No filme somos convencidos que o início da relação de Mercury com o namorado Jim Hutton (seu companheiro até o fim da vida) foi em uma festa dada em sua própria casa. Entretanto, na vida real, os dois teriam se conhecido em uma casa noturna na década de 80.
A briga entre os membros da banda
De acordo com o longa, Freddie teria decidido se separar do resto da banda de modo unilateral, seduzido especialmente por um contrato milionário para seguir carreira solo. Mas a verdade sobre a separação do Queen foi que os membros da banda decidiram extinguir o conjunto por livre e espontânea vontade, porque todos queriam explorar caminhos diferentes sozinhos.
AIDS
No filme, durante um ensaio para o "Live Aid", Freddie revelou aos membros da banda que havia contraído AIDS e na cena ele apenas pede que continuem a tratá-lo normalmente, sem o olharem com pena.
No entanto, o cantor, já visivelmente debilitado, só assumiu que estava doente um dia antes de morrer, em 24 de novembro de 1991, com apenas 45 anos. Inclusive ele teria sido diagnosticado dois anos depois da realização do "Live Aid", no ano de 1987.
A doença se tornou pública através de uma nota divulgada na véspera da sua morte:
“Following the enormous conjecture in the press over the last two weeks, I wish to confirm that I have been tested HIV positive and have AIDS. I felt it correct to keep this information private to date to protect the privacy of those around me.
However, the time has come now for my friends and fans around the world to know the truth and I hope that everyone will join with me, my doctors and all those worldwide in the fight against this terrible disease.
My privacy has always been very special to me and I am famous for my lack of interviews. Please understand this policy will continue”.
— Freddie Mercury, November 23rd, 1991
"Após a enorme pressão da imprensa nas últimas duas semanas, desejo confirmar que fui testado como soropositivo e tenho AIDS. Achei correto manter essa informação em sigilo para proteger a privacidade das pessoas ao meu redor.
No entanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade e espero que todos se unam a mim, aos meus médicos e a todos os que estão no mundo na luta contra essa terrível doença.
Minha privacidade sempre foi muito especial para mim e sou famoso por não conceder entrevistas. Por favor, compreendam que esta política continuará".
— Freddie Mercury, 23 de novembro de 1991
A rejeição de Ray Foster
No longa metragem Ray Foster (interpretado por Mike Myers) é o todo poderoso executivo à frente da gravadora EMI. Ele teria se oposto à ideia de ter Bohemian Rhapsody como o single do álbum que seria lançado em 1975.
Sentimos que a rejeição foi um grande choque para Freddie Mercury. Esse conflito teria gerado uma verdadeira crise na relação da banda Queen com a gravadora. Todavia, a verdade é que Roy Featherstone, que estava à frente da EMI, era um grande fã da banda e sempre apoiou as decisões do conjunto, dando enorme autonomia a Freddie.
Comparação: Filme vs Vida real
Curiosidade
As faixas "Bohemian Rhapsody" e "Love of My Life" foram dedicadas à Mary Austin, apesar da homossexualidade de Freddie, ele continuou amando Mary a tal ponto que, após seu falecimento, deixou todo o seu patrimônio para ela.
Análise do filme
Bohemian Rhapsody, apesar de ser um filme biográfico, superou o desafio de recriar os anos de sucesso de uma das bandas mais famosas do mundo. Com uma brilhante interpretação de Rami Malek, que nos transportou todo o drama vivenciado por Freddie e um roteiro que contou com a supervisão de alguns membros da banda, buscando ser o mais fiel possível aos fatos.
O real precisou ser deixado de lado algumas vezes para que fosse possível uma versão mais ficcionalizada da história (o que não minimizou o impacto para o público).
Tratando-se de cenário e figurino, o longa investiu fortemente em reproduzir de fato os costumes da década. Encontramos o icônico bigode de Freddie, as roupas escandalosas, os penteados característicos dos anos 70 e a estética rebelde dos jovens da época que achavam possível mudar o mundo através da música.
O filme nos coloca quase em uma obra de Júlio Verne, trazendo a sensação de viagem no tempo e entregando ao espectador o gosto de viver em uma época tão importante para a música.
Sem dúvidas, assistirei mais vezes!
Matéria escrita por Dailan Pereira.
Muito bom, maninha. O filme é ótimo, ou melhor, acho que foi um dos únicos filmes de biografia de músicos do rock que eu gostei. Foi um filme bem dirigido, e a matéria está ótima. Muito bommmmm...
ResponderExcluirParabéns Dai! Como sempre um texto irretocável! Muito triste o fatídico destino de Freddy Mercury, uma das vozes mais espetaculares que a humanidade já ouviu.
ResponderExcluirMelhor filme que eu já vi, assistir no cinema foi uma experiência incrível com todos os fãs cantando as músicas junto com o filme.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFicou bacana o conteudo em relação a comparaçao do filme e a vida real de Freddy Mercury, confesso que nunca assisti o filme, mas conheço um pouco da vida dele na vida artistica atravez da música. Parabéns Day !!����
ResponderExcluirUma biografia dramática impecável tanto na direção quanto na atuação! Levou a tela um dos maiores ícones da música, que apesar de todas as problemática, encanta até hoje.
ResponderExcluirParabéns pelo tema ficou sensacional !!! antes eu nao ouvia Freddy Mercury depois que assiti o video dele comecei a me interessar cada dia mais e mais, e esta comparação dada a sim foi muito bom parabéns sucesso continue assim !
ResponderExcluirResenha mto bem escrita, sem erros. Dá pra ver o comprometimento da autora para com seu trabalho! Fazia tempo que a revista não recebia uma matéria dessa qualidade. Abordou todos aspectos para deixar o leitor com gostinho de quero mais ou ir ver o filme de novo!!! Parabéns, vida.
ResponderExcluirAmei!! Tua escrita é perfeita, a comparação entre o filme e a realidade ficou maravilhosa, deu até vontade de assistir o filme depois dessa matéria. Parabéns ❤️
ResponderExcluirSensacional a vontade como você fala do filme e como desperta a vontade de assistir novamente! Achei incrível a comparação entre a vida e o filme e como é detalhada cada trecho do texto que faz com que o leitor não queira parar de ler. Parabéns!!
ResponderExcluirParabéns Day 👏.
ResponderExcluirImpossível não se prender nesta leitura, o cuidado e a forma como retrata ficou magnífico!
Gostei muito da matéria, muito bem detalhada do início ao fim, me fez querer ver essa obra de arte novamente!!
ResponderExcluirParabéns Day!!