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Produzido pela Squaresoft (atual Square Enix), Chrono trigger foi concebido, em 1992, por um verdadeiro time de elite: Hironobu Sakaguchi (Produtor de Final Fantasy), Yuji Horii (Diretor de Dragon Quest) e Akira Toriyama (Criador, Roteirista e Ilustrador de Dragon Ball), inclusive, o apelido da equipe era era Dream Team (time dos sonhos). O lançamento original do jogo ocorreu em 1995, para Super Nintendo. Quatro anos depois, foi lançada uma versão aprimorada do jogo para Playstation 1, que continha cutscenes com animações fazendo uso do traço de Mangá, evidenciando ainda mais o estilo marcante de Toriyama. Em 2008, lançaram uma versão para Nintendo DS, ele também está disponível para celulares Android e iOS.
Trailer de abertura do jogo a partir do Playstation 1
Oi, eu sou o Chrono |
O mais incrível da história acontece após terminar o jogo, pois liberamos o modo New Game + em que podemos começar a história do início, mas com os mesmo itens e levels que adquirimos anteriormente. O interessante é a possibilidade enfrentar Lavos a qualquer momento do New Game + e, dependendo do de quando o enfrentamos, habilitamos um final alternativo que mostra como seria a história se o time não tivesse evitado algum acontecimento chave, é possível até mesmo ver os dinossauros vivos e dominando o mundo. Ao total, são 13 finais alternativos. O conceito de finais alternativos para jogos em que, muitas vezes, a história era algo secundário foi revolucionário para época.
Chrono Trigger foi o primeiro a criar RPG eletrônico em que era possível ver os inimigos na tela antes de um encontro e a batalha ocorria sem interrupções na mesma tela, também era possível evitar determinados adversários. Em jogos anteriores, você caminhava no mapa e, de repente, a tela mudava para outra em que o jogador visualizava os inimigos e realizava a batalha. Os gráficos também foram revolucionários para a época, com uma beleza do traço característico de Toriyama, além de uma bela trilha sonora composta pelo novato Yasunori Mitsuda, com contribuições de Nobuo Uematsu (Final Fantasy). A jogabilidade ocorre em turnos, em que é possível atacar, usar técnicas especiais/magias, itens etc., foi adaptado um sistema de espera (Active Battle 2.0) em que o jogador precisa aguardar uma barra ser preenchida para que possa atacar, era possível atacar duas ou mais vezes antes de algum adversário ter sua barra preenchida.
O jogo tem um sistema de técnicas especiais e magias que consomem os pontos de magia dos personagens. É possível combinar duas ou três técnicas/magias entre os personagens, a maioria das magias envolve um elemento com o qual o personagem se identifique, há uma magia da do Sapo e da Lucca em que cai um sapo gigante em cima do adversário que logo pega fogo causando ainda mais dano. Chrono é do elemento Raio (lightning); Marle, água e Lucca, fogo. É possível jogar com outros personagens que você encontra no meio do caminho, temos: Sapo (elemento água), um amigo de um famoso herói de épocas antigas que foi transformado em sapo ainda garoto; Robô (sem elemento), um robô desativado encontrado no futuro; Ayla (sem elemento), líder pré-histórica dos humanos que não possui magias por ela não existir na pré-história e Magus (elemento sombras), um mago antigo que é o suspeito inicial sobre a aparição de Lavos.
A pronúncia do jogo causou um pouco de controvérsias nos brasileiros em sua época de lançamento. A dificuldade maior estava com a palavra Trigger. A letra "i" no inglês tem mais de uma pronúncia, sendo a pronuncia /ai/ a mais conhecida, o problema é que na palavra trigger (gatilho), é o som de "i" normal, igual português, fazendo com que o som seja /triguer/ e não /traiguer/.
Chrono Trigger conquistou milhares de fãs no mundo todo. Seu lançamento foi um sucesso, sendo o terceiro jogo mais vendido no ano em que foi lançado. Baseado em diversos mitos da cultura Japonesa, ele entrega uma experiência imersiva e cativante. A história sabe engajar o jogador para ficar curioso com os eventos, os mistérios e até as perdas que sofremos durante a história, o arco narrativo de cada personagem é muito bem estruturado, sendo só a história do Sapo digna de um livro ou filme. O sistema de evolução do personagem é algo extremamente bem planejado, com uma fluidez de técnicas e inserção de novos itens que são incríveis. Pessoalmente, é meu RPG predileto de todos os tempos, pois foi ele que me cativou e me fez ter curiosidade sobre o universo do Role Playing Game. Com toda certeza, um jogo obrigatório para constar, com os 13 finais alternativos, no currículo de qualquer jogador.
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