FOTO DE NASA/GSFC/ARIZONA STATE UNIVERSITY
A revista cientifica "Nature Astronomy” publicou nesta segunda-feira (26) dois estudos que demonstram a existência de água na superfície lunar. O mais relevante deles, conduzido pela NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, relata ter localizado moléculas de H2O presa em minérios.
O anúncio da NASA é a primeira
confirmação de indícios já levantados por pesquisadores desde a década passada,
quando em 2008, pesquisadores descobriram H2O dentro do magma trazido por
astronautas das missões Apolo. No ano seguinte (2009) a ideia se sustentou
ainda mais pois houve uma colisão entre parte da sonda
espacial Lcross (Satélite de Detecção e Observação de Crateras Lunares)
em uma área de sombra próxima ao polo lunar qual detectou evidências de gelo na
fumaça emitida pelo impacto. Ainda no ano de 2009, a Chandrayaan-1, espaçonave
pertencente a Índia, registrou prováveis reflexos de água na luz na superfície
da Lua e corroboraram para manter a ideia ativa, mas somente em 2017, que pesquisadores
da Universidade de Brown (Estados Unidos) afirmavam que através de espectômetros,
verificaram indícios de um líquido preso no interior de rochas. No entanto os dados não distinguiram o tipo de liquido, não
havia confirmação de se tratar de água (H2O), da hidroxila (OH) que é
molecularmente próxima da água
Em
2018 Casey Honniball, pesquisadora de
pós-doutorado do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa e seus
colegas coletaram dados durante um voo do SOFIA Stratospheric
Observatory for Infrared Astronomy (Observatório Estratosférico de Astronomia por
Infravermelho) um grande telescópio infravermelho montado em um avião a jato.
SOFIA detectou a água na Cratera Clavius (localizada no
hemisfério sul da Lua). Foram localizados cerca de 100 a 412 partes por milhão
por metro cúbico. Isso equivale a aproximadamente 340 gramas, ou 340ml (no caso
da água, por ter a densidade de praticamente exatos 1 g/ml). Isso quer dizer
que para cada área com o tamanho de uma piscina de mil litros, há um copo de
água. Embora pareça pouco, é uma quantidade realmente considerável e importante
para futuras missões espaciais. A principal utilidade da água na Lua está na
fabricação de combustível, síntese de oxigênio para a respiração, e o próprio
consumo para os humanos e no cultivo de alimentos, permitindo assim, missões de
longo prazo.
Esta descoberta impulsiona ainda mais a missão Artemis, da NASA, que visa levar o ser humano para a Lua em 2024. E
transforma lá em uma espécie de porto espacial para auxiliar a exploração do
resto do sistema solar, que inclusive contara com rede de 4G.
Os estudos foram publicados no periódico Nature Astronomy.
Fonte: NASA.
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