Longos dias e belas noites, Geeks
Pluguem seus controles aos
consoles, assoprem suas fitas e sintonizem agora no Canal 3, um local onde
todos os meses falamos sobre jogos antigos que marcaram gerações passadas dos
consoles. Hoje, iremos trazer um clássico que estreou no Super Nintendo e seu
sucesso foi tão grande que seus jogos perduram até hoje nas gerações mais
modernas! Estamos falando do clássico robô azul atirador de limões Mega Man X.
Mega Man X foi lançado, em 1993, pela Capcom para o console
do Super Nintendo. O jogo veio como uma subsérie da consagrada franquia Mega
Man, que já possuía um total de seis jogos na época. Algo curioso é que o nome
japonês do androide é Rockman, Mega Man foi o nome criado para a versão
americana. Joseph Morici, antigo vice-presidente da Capcom, afirmou que a
mudança foi apenas porque gostaram mais do nome Mega ao invés de Rock. O nome
original do robô é exatamente por conta do gênero musical, uma vez que seus
inimigos tinham nomes Blues, Bass, Tango e Reggae.
Arte utilizada n capa da fita de Super Nintendo |
Mega Man X foi e continua sendo um jogo incrível. Seu
surgimento se deu pela baixa das vendas que a franquia Mega Man estava passando
e, sinceramente, foi uma das melhores ideias que já tiveram. Aderiram a uma nova
roupagem para o robô azul no console de 16-bits, mas que possuía a mecânica básica
de seus antecessores de pular e atirar, inclusive, a dinâmica de altura e força do
pulo, além da velocidade dos tiros, era a mesma da presente na franquia dos 8-Bits.
Claro que o jogou trouxe uma melhora significativa com gráficos mais delineados
e bem trabalhados, também temos o sistema de Sub-tank’s que atuavam recuperando
a vida. Foram inseridas cápsulas de upgrade para partes específicas da armadura;
com certeza, a mais interessante era a dos braços que permitia ao X-Buster, a mão
que solta tiro, de X ter compatibilidade com os diferentes Busters que
adquiríamos após vencermos cada chefe.
Houve também a inclusão do sistema de escalada, em que o
personagem poderia escalar paredes pulando nelas. O sistema de Dash também foi
reinserido de uma forma muito mais fluida: nos antecessores, o Mega Man escorregava
de costas como uma forma de Dash abaixado; na série X, ao pegar a cápsula de
melhoria das pernas, você poderia dar um Dash para os lados, atirando para direção
que estivesse mirando, nos seguintes seria até mesmo possível dar esse tipo de turbo no ar
ou na direção de cima. Essa combinação
de escalar e Dash abriu uma gama para diversos desafios e áreas escondidas para
o jogo, algo que era muito incrível de descobrir por conta própria, ou pedir
ajuda para algum amigo que já tivesse zerado.
Mega Man e Mega Man X |
Ainda que jogos nesse período não tivessem um enfoque muito
grande na história durante a jogabilidade, Mega Man X contava com um Background
sólido que, ainda não muito presente durante a duração do jogo, existia. A
própria trama adquiriu uma aproximação mais densa, trazendo questões existenciais
para o personagem e suas motivações a continuar lutando. Os eventos do game ocorrem 100 anos após a história de Mega Man.
Dr. Light, o criador do Mega Man, criou um robô altamente avançado e com a
capacidade de tomar as próprias decisões, esse robô é Mega Man X, chamado
apenas de “X” no jogo. Como tal criação seria muito perigosa, o cientista
deixou o robô em uma cápsula durante 100 anos para que ficasse inativo, com
programa de diagnóstico rodando para garantir que ele não se voltasse contra a
humanidade. Essa cápsula foi encontrada pelo arqueólogo Dr. Cain, que aparece
no segundo jogo da franquia, ele logo decidiu criar outros robôs com tais
capacidades e eles foram denominados Reploids. A maior criação de Dr. Cain,
Sigma, era o general contra a busca de Reploids que fossem contra a humanidade,
mas ele foi corrompido e tornou-se o Nêmesis de X. Zero foi uma criação do Dr.
Willy (o vilão bigodudo da franquia Mega Man) e, por isso, não é um Reploid.
Existe uma animação chamada Sigma Day que conta exatamente a traição de Sigma.
Mega Man X é o exemplo perfeito de jogo que respeita a
inteligência de seus jogadores. Sem a necessidade de tutoriais explicativas, você
aprendia a jogar já jogando. Um exemplo perfeito disso seria o conceito de
carregar o tiro do X-Buster para rajadas mais fortes. No Menu inicial, a seta
de movimentação era o próprio X, ao selecionar uma opção do Menu, ele automaticamente dava uma
rajada verde para seleção, o que já atrairia a atenção do jogador. Ao jogar, se
você apenas atirasse apertando o botão sem segurá-lo, ele daria os clássicos
tiros que pareciam limões. Ao prosseguir no jogo, naturalmente você
encontraria Vile, o chefe final da fase, em um mecha. O mais interessante é que
não importava o que você fizesse, você iria perder para o oponente. O mais
legal após a derrota, era ouvir o barulho de algo sendo carregado e um tiro mais forte, muito
similar ao que você já tinha visto no Menu, aparecer e Zero chegar para salvar X, dando um Dash até você. Antes de Vile fugir, Zero ainda carregaria o seu próprio Buster e daria mais
um disparo, fazendo o jogador entender que seria apenas necessário segurar o botão de disparar para soltar essa rajada mais potente. O mágico desse momento é a fala
de X sobre não ser bom o suficiente e Zero falar que você ele ainda se tornará
tão forte quanto ele, ou seja, você ainda poderá ser tão descolado quanto Zero.
Momento que Zero salva X de Vile |
HADOUKEN! |
Particularmente, não poderia falar de Mega Man X sem
agradecer ao meu primo Bruno, o responsável por me apresentar ao jogo, emprestar
a fita ainda na infância para jogar e ajudar com todas as vezes em que eu não
sabia como pegar um Upgrade de vida ou a localização de algum Sub-Tank.
Obrigado!
E obrigado a você também que leu a matéria até aqui! Espero
que um sentimento de nostalgia ou quem sabe, de curiosidade, possa ter sido
despertado em você, conta aí pra gente saber qual dos dois que foi e o porquê 😉
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