Review "Fate: A Saga Winx" (Com spoilers)


“Fate: A Saga Winx” finalmente chegou à Netflix para a nostalgia ( ou talvez não) dos fãs da animação. Baseada no desenho “O Clube das Winxs”, a série transformou a história infantil em uma história um tanto mais madura, mais parecida com as séries de adolescentes que vemos atualmente.

Sei que depois do primeiro trailer os fãs da animação já começaram a achar que o programa da Netflix não teria nada a ver com a história original e eu reitero isso, a narrativa da Bloom em si é realmente pouco parecida com a do desenho, contudo a essência é mantida e causa certa nostalgia em boa parte dos fãs.

Contudo, como dito anteriormente, a série transformou Winxs em uma história adolescente e, sabemos que nesses tipos de enredos, sempre existe adolescentes fazendo burrices. A Bloom vai para a escola de Alfeia após um incidente com seus poderes, lá ela fica no mesmo quarto de Stella, Musa, Terra e Aisha. Pouco tempo depois de chegar à escola descobre que não é filha biológica de seus pais e então começa sua busca por respostas.

Aisha se torna a amiga sensata de Bloom. Musa, uma fada empática, tem dificuldades para se enturmar, mas faz amizade com as meninas. Terra é uma fofa, que fala um pouco demais e Stella, bom, essa certamente foi a maior decepção dos fãs. Aparentemente toda série adolescente precisa ter uma patricinha má, e esse papel ficou com a fada da Luz que, sendo ex-namorada de Sky, interesse amoroso de Bloom, não simpatiza muito com a fada ruiva no começo.

Esse triângulo amoroso meio forçado entre Stella, Sky e Bloom com certeza é o ponto baixo da série. Sky acaba ficando um tanto sem personalidade por nunca ligar muito para as ações erradas de Stella, sendo que a mesma parece ser dependente emocional dele. Mesmo assim ele se interessa pela Bloom, que também gosta dele. A questão é que a relação Stella-Sky é de pura dependência emocional mútua, mesmo eles não se gostando como antes ainda acham que precisam um do outro.

Bloom fica perdida nisso, mas como está focada em descobrir a verdade sobre si, não entra nisso de cabeça. A série se movimenta principalmente por essa busca dela e é aí que entram aquelas burradas já citadas. A fada do fogo faz muitas coisas erradas e até irritantes, sendo sempre alertada por Aisha, a famigerada fada sensata.

A história da primeira temporada tem algumas reviravoltas e um final promissor, é envolvente e ligada à mitologia original das Winxs e tem conflitos bem adolescentes.

As personagens vão se desenvolvendo no decorrer da história e vemos bastantes mudanças no final, principalmente em Stella e Sky.

Terra foi uma surpresa muito bem vinda na série, ela é uma personagem incrível, falante e alegre, meiga, mas sem deixar que ninguém pise nela, é forte e uma ótima amiga. Ela cita sua prima Flora logo no primeiro episódio, o que nos dá certa esperança de que a personagem vá aparecer no futuro. Musa também é uma ótima personagem, por ser empática ela sente o que os outros sentem e fica reclusa por não conseguir controlar seus poderes. O whitewashing é claro nesses casos, mas não é culpa das atrizes, que atuaram muito bem.

Aisha é uma ótima amiga e controla muito bem seus poderes, sendo perfeitamente interpretada pela Precious Mustapha. Stella é a garota má que tem uma história triste, com uma mãe abusiva, mas que muda quando sai do controle dela. Beatrix, a “vilã”, é uma personagem muito interessante e envolvente. E Bloom, bom ela é inconsequente em muitos momentos, mas suas ações têm um porquê e entendemos isso.

Enfim, a série em si é sim boa, parecida com as séries teen que já conhecemos, mas que traz essa nostalgia empolgante para os fãs que se permitem curtir o programa. Os personagens são cativantes e ainda estão em evolução. A trama é divertida, interessante e abre portas para próximas temporadas, a pergunta é, será que a próxima temporada vem?

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