WandaVision - Episódio 1 (Review)


Após uma longa espera, com alguns adiamentos, WandaVision chegou ao Disney+ abrindo uma nova era do Universo Cinematográfico Marvel

Com dois episódios lançados hoje, dia 15 de janeiro, a série é a primeira grande produção da Marvel desde Homem-Aranha: Longe de Casa, lançado em 2019. Apesar de serem apenas dois episódios, o restante será lançado semanalmente, já é possível ter um gostinho do que esperar da série e do próprio UCM.

Como já era comentado antes, e já podia ser visto pelos trailers e inúmeros vídeos promocionais, WandaVision chega em um estilo sitcom, fazendo uma homenagem às produções dos anos 50. The Dick Van Dyke Show e I Love Lucy são as duas sitcoms que servem de referência para o primeiro episódio. Enquanto o primeiro mostrava como era o trabalho e a vida doméstica de Rob Petrie, o segundo acompanhava Lucy, a mulher de um músico que queria ser uma estrela, mas, por não ter talento, colocava o marido e a melhor amiga em situações delicadas.

No primeiro episódio acompanhamos Wanda (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) buscando viver uma vida normal de recém-casados em uma nova cidade, em um clássico estereótipo dos anos 50 de marido e mulher. A trama trata de uma data especial da qual nenhum dos dois lembra qual é. Enquanto Visão vai para o trabalho, em uma empresa que cuida de dados computacionais, Wanda segue como dona de casa, recebendo a visita da vizinha Agnes (Kathryn Hahn). 

Junto com Agnes, Wanda acredita que a data especial é de aniversário de casamento, e ambas começam a organizar um jantar. Já no trabalho, Visão descobre que é um jantar com seu chefe e a esposa. Quando os três chegam para o jantar, Wanda os espera em um clima romântico e íntimo, causando confusão. Com isso, é necessário a ajuda de magia para ajeitar tudo e, aí percebe-se que Wanda ainda não a controla perfeitamente. 

É tudo bem simples, desenvolvendo-se em pouco mais de 20 minutos, que, por sinal, era o tempo dos episódios das sitcoms antigamente. Para aqueles que estavam acostumados com a fórmula Marvel, podem estranhar um pouco o formato, que é totalmente diferente de tudo que já foi feito dentro da franquia. É perceptível que existe uma liberdade criativa muito maior, e isso é ótimo.

O episódio ainda é totalmente em preto e branco e as cenas foram gravadas diante de uma plateia real, então, sim, as reações que aparecem são todas reais. Os efeitos visuais também foram feitos todos de forma prática, como nos velhos tempos. Como dito, a série traz o clássico estereótipo de um casal suburbano, mas traz também algumas críticas pontuais, especialmente sobre o papel da mulher na época.

Atenção, a partir daqui haverão spoilers.

Há espaço também para easter eggs e fãs services. O principal deles talvez seja uma inserção de uma propaganda de uma torradeira das Indústrias Stark. É claro que ela não está ali por acaso, mas ainda não se sabe ao certo o motivo, o que se comenta é que as propagandas (já que no segundo episódio existe outra) estão relacionadas àqueles que fizeram algum mal para a Wanda em algum momento. Fato interessante, durante essa propaganda é onde aparece o único ponto colorido, uma luz vermelha da torradeira.

Um incidente no final do episódio muda completamente o tom da série, a comicidade sai e entra o drama. Aqui é possível perceber que nem tudo está sob controle e as coisas podem ficar um tanto instáveis na realidade criada pela Wanda.

Para encerrar, o episódio termina em uma espécie de central de televisão, saindo totalmente do clima anos 50, onde todos os acontecimentos estão passando em uma TV, como se de fato tudo fosse uma sitcom. Com isso, sabemos que Wanda está sendo observada e que vem muito mais pela frente.

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