Fonte: Reprodução/Editora Devir* |
Então, acredito que você possa imaginar o quão feliz eu fiquei quando encontrei uma história com uma escola que ensina filhos de criminosos a serem assassinos, ou melhor, ensina a serem os melhores assassinos do mundo.
É isso que temos em Deadly Class, obra em quadrinhos que tem Rick Remender e Wes Craig como cocriadores, e Lee Loughridge como colorista. Remender é o roteirista dos quadrinhos e Craig responsável pela arte de Deadly Class. A obra é ambientada em São Francisco, nos anos 80, e retrata o amadurecimento de um grupo de jovens que vive em um ambiente extremamente violento.
HISTÓRIA
O personagem principal da história é Marcus Lopez Arguello, um sem teto que passou por situações terríveis que o fizeram pensar seriamente em tirar a própria vida. Falo isso porque é importante destacar que Marcus estava desesperado. E desesperado por várias coisas, por afeto, por amigos, por ter o mínimo para viver e, principalmente, por um propósito para continuar.
É por isso que ele aceita entrar na Escola de Artes Mortais dos Reis Soberanos depois de ser salvo por um grupo de pessoas estranhas, para dizer o mínimo, de uma emboscada feita pela polícia.
A partir desse ponto passamos a acompanhar o personagem conhecendo a escola, como as coisas funcionam no local e encontrando um grupo — já que esse é o melhor jeito para sobreviver naquela escola, e tendo algumas aulas bem interessantes como: “psicologia do assassino” e “classe avançada de artes ocultas”.
É a partir da tarefa de uma dessas aulas que podemos conhecer um pouco mais sobre os outros personagens, e onde algumas situações cheias violência se desenrolam. Se o lance da escola de assassinos não deixou claro, falarei com todas as letras.
O personagem principal da história é Marcus Lopez Arguello, um sem teto que passou por situações terríveis que o fizeram pensar seriamente em tirar a própria vida. Falo isso porque é importante destacar que Marcus estava desesperado. E desesperado por várias coisas, por afeto, por amigos, por ter o mínimo para viver e, principalmente, por um propósito para continuar.
É por isso que ele aceita entrar na Escola de Artes Mortais dos Reis Soberanos depois de ser salvo por um grupo de pessoas estranhas, para dizer o mínimo, de uma emboscada feita pela polícia.
A partir desse ponto passamos a acompanhar o personagem conhecendo a escola, como as coisas funcionam no local e encontrando um grupo — já que esse é o melhor jeito para sobreviver naquela escola, e tendo algumas aulas bem interessantes como: “psicologia do assassino” e “classe avançada de artes ocultas”.
É a partir da tarefa de uma dessas aulas que podemos conhecer um pouco mais sobre os outros personagens, e onde algumas situações cheias violência se desenrolam. Se o lance da escola de assassinos não deixou claro, falarei com todas as letras.
Deadly Class é uma obra que retrata um contexto violento, ou seja, ela vai ter vários momentos onde a violência vai ser retratada de maneira bem gráfica. O que pra mim deixou tudo mais interessante, mas se você é alguém que não gosta desses conteúdos ou não tem a idade para consumir esse tipo de obra, já deixo avisado que é +18.
VALE A PENA?
Vale, vale muito a pena. O enredo de Deadly Class já é interessante por si só, mas Rick Remender faz um ótimo trabalho no desenvolvimento da trama e trouxe temas relacionados à críticas sociais. No posfácio do volume, ao falar sobre o processo de criação da obra, o roteirista fala sobre como ele explorou uma época de sua vida, onde a violência era algo que fazia parte da rotina, junto com as experiências que ele teve durante o ensino médio para usar em Deadly Class.
Vale, vale muito a pena. O enredo de Deadly Class já é interessante por si só, mas Rick Remender faz um ótimo trabalho no desenvolvimento da trama e trouxe temas relacionados à críticas sociais. No posfácio do volume, ao falar sobre o processo de criação da obra, o roteirista fala sobre como ele explorou uma época de sua vida, onde a violência era algo que fazia parte da rotina, junto com as experiências que ele teve durante o ensino médio para usar em Deadly Class.
Acredito que esse é um dos motivos que faz com que os quadrinhos sejam realístico para os leitores, ainda que trate de situações tão inusitadas como uma escola de assassinos.
Outro ponto que ajudou na criação desse mundo bastante realista é a arte de Wes Craig. Além de serem bastante particulares e terem características estilizadas, os personagens criados pelo artista parecem reais. Parecem exemplares legítimos saídos direto dos anos 80 que retratam muito bem a época em que a história se passa. Somado a isso, temos uma construção de cenas interessantes que seguem muito bem o ritmo da história e mantém a fluidez nas cenas de ação.
Falando agora do trabalho realizado nas cores por Lee Loughridge, encontramos um resultado bastante notável em acertar a atmosfera de cada cena. Um ótimo exemplo do talento de Loughridge presente no volume é a forma como ele retratou o período onde Marcus estava passando pelos efeitos do uso de LSD. Marcus passou por muita coisa quando estava doidão, e a forma como as cores seguiram cada um desses momentos deixou a experiência ainda mais bizarra.
Falando agora do trabalho realizado nas cores por Lee Loughridge, encontramos um resultado bastante notável em acertar a atmosfera de cada cena. Um ótimo exemplo do talento de Loughridge presente no volume é a forma como ele retratou o período onde Marcus estava passando pelos efeitos do uso de LSD. Marcus passou por muita coisa quando estava doidão, e a forma como as cores seguiram cada um desses momentos deixou a experiência ainda mais bizarra.
PUBLICAÇÃO DE DEADLY CLASS NO BRASIL
Capas dos volumes 2, 3, 4, 5 e 6. Fonte: Reprodução/Editora Devir*
No país, a responsável pela publicação de Deadly Class é a Editora Devir. Já temos seis volumes publicados no país, até o momento, e em cada um deles as edições da obra são compiladas, sendo que os dois últimos publicados são volumes duplos, ou seja, maiores. Os volumes são:
Vol. 1 - Filhos de Reagan (edições 1 a 6)
Vol. 2 - Crianças do Buraco Negro (edições 7 a 11)
Vol. 3 - Ninho de Cobras (edições 12 a 16)
Vol. 4 - Morra por Mim (edições 17 a 21)
Vol. 5 - Isso não é o Fim (edições 22 a 31)
Vol. 6 - Caminho Sem Volta (edições 32 a 39 e a oneshot “Killer Set”)
Vol. 1 - Filhos de Reagan (edições 1 a 6)
Vol. 2 - Crianças do Buraco Negro (edições 7 a 11)
Vol. 3 - Ninho de Cobras (edições 12 a 16)
Vol. 4 - Morra por Mim (edições 17 a 21)
Vol. 5 - Isso não é o Fim (edições 22 a 31)
Vol. 6 - Caminho Sem Volta (edições 32 a 39 e a oneshot “Killer Set”)
A obra ganhou uma adaptação em 2019 que se manteve bastante fiel, ainda que mudasse algumas coisas da história para que ela se adequasse melhor como uma série. Tendo 10 episódios, a série adaptou os acontecimentos das edições 1 até 7, ou seja, todo o volume 1 lançado no Brasil foi adaptado.
Infelizmente, depois do lançamento da primeira temporada a série não foi renovada. O que não é um indicativo de que não foi boa, a série tinha uma ótima ambientação, atores muito parecidos com os personagens, e um ritmo que podia melhorar, mas ainda era aceitável para uma obra em sua primeira temporada. Porém, alguns erros foram cometidos e levaram a esse destino.
Se você se interessar em ver os acontecimentos da história em quadrinhos de outra maneira, vale muito a pena assistir a série, ela está disponível no streaming da Globoplay. E para aqueles que gostaram da série, a história continua nas hq's, então, se você quiser continuar acompanhando o universo de Deadly Class vale a pena conferir.
Infelizmente, depois do lançamento da primeira temporada a série não foi renovada. O que não é um indicativo de que não foi boa, a série tinha uma ótima ambientação, atores muito parecidos com os personagens, e um ritmo que podia melhorar, mas ainda era aceitável para uma obra em sua primeira temporada. Porém, alguns erros foram cometidos e levaram a esse destino.
Se você se interessar em ver os acontecimentos da história em quadrinhos de outra maneira, vale muito a pena assistir a série, ela está disponível no streaming da Globoplay. E para aqueles que gostaram da série, a história continua nas hq's, então, se você quiser continuar acompanhando o universo de Deadly Class vale a pena conferir.
*As fotos presentes nesta resenha são das páginas do volume, toda e qualquer reprodução da arte de Deadly Class presente aqui foi feita com o intuito de divulgar a obra. Todos os direitos das artes e dos personagens da história são de seus criadores/licenciadores.
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