Crédito: Foto por Davi Baptistella/Site: Torcedores |
Com o retorno dos eventos geek, precisamos falar do elefante na sala: está cada vez mais claro que vivemos uma época onde os eventos se voltam para um público cada vez mais jovem, mais antenado e mais dentro do mundo virtual. E não é apenas de games que eles vivem.
Já falei um pouco sobre isso na matéria do Anime Friends, mas acredito que ainda é preciso colocar a mão na consciência mais um pouquinho.
Crédito: Laranja Cast. |
Você já deve ter notado que quanto mais jovem, mais fácil de se agregar nas tecnologias - se você não notou, pode ter certeza que os organizadores e social mídias, notaram.
A BGS sempre trouxe um leque de atividades, e dessa vez não foi diferente, mas se assim como nós da RJG você foi outras edições e nessa também, acredito que tenha ficado com a sensação de que faltava algo a mais, algo que fizesse você contar os dias para chegar lá, ou que te deixasse tão pilhado que não ir todos os dias era praticamente impossível. Algo assim que, para mim, não foi completamente suprido.
Sabemos que a Brasil Game Show tem o tema central como “games”, mas ela transita com diversos outros nichos como tecnologia e influencers, e esse ano contou com muitos estandes do tipo, como o YouTube, Tik Tok e Twitch que foram os mais populares, trazendo grandes nomes da internet para conversar com os fãs. A questão é que: pergunte para qualquer adolescente ou criança, ele conhecerá a maioria dos nomes que foram apresentados; pergunte a alguém que está na casa dos 30 anos ou próximo, ele provavelmente vai dizer que conhece bem pouco dos convidados.
Foto Original: Anna Clara Revista Jovem Geek |
Isso não é uma crítica. Para se manter vivo, é preciso reciclar! Quem vive de velho, é museu!
Claro que algumas marcas trouxeram novidade que atingem a faixa etária daqueles que acompanharam seu desenvolvimento, como o caso da Capcom que montou um stand muito tímido para mostrar o lançamento de Street Fighter 6, e também a Nintendo que a sua maior aposta era Mario + Rabbids Sparks of Hope, mas estava disponível apenas para jogar separado. Esse ano não tivemos Xbox, que é uma das maiores produtoras e a Playstation não ofereceu nada de novo. Agora, cá entre nós: apostar em jogos que já foram lançados, me pareceu uma jogada de quem anda mal das pernas, hein?
A BGS 2022 ficou
um pouco desfalcada. Ao
que tudo indica, eles apostaram em um evento com mais dias para que todos
pudessem ter a chance de participar, e para isso eles montaram uma
programação repetitiva.
Continuo batendo na tecla: todos precisam se adaptar. Se queremos que esses eventos que tanto amamos se mantenham firmes, precisam focar naqueles que consomem a maior fatia de conteúdo. A diferença é que um evento desse porte, pode conciliar os dois públicos melhor do que outras feiras por aí.
Se até One Piece, que está ficando mais velho que eu, sabe que o importante é apostar na nova geração, porque você não quer?
Postar um comentário