A produção brasileira original Netflix "De volta aos 15" chegou a sua 2° temporada na última quarta (05/07) investindo na nostalgia de quem viveu a adolescência nos anos 2000.
A série é baseada no livro do mesmo nome, escrito pela Bruna Vieira; porém seus personagens tem sua própria narrativa. Então destinos e boa parte da história foi alterada para conversar com o público adolescente de 2023.
Créditos: Netflix
De Volta Aos 15 foi um grande sucesso da Netflix em 2022, porque além de trazer nomes conhecidos como as protagonistas interpretadas pela Maísa e Camila Queiroz, conseguiu adaptar e transformar uma obra que já tinha sua base de fãs em uma série cheia de debates, teorias de viagem no tempo e triângulos amorosos dignos de qualquer clichê adolescente.
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A produção conta a história da Anita, uma mulher de 30 anos, infeliz com o seu próprio futuro que descobre que consegue viajar no tempo, especificamente para os seus 15 anos através da conta antiga do seu floguinho. O que pode parecer uma trama um tanto obvia, se transforma em uma história emocionante sobre amadurecimento e luto; isso sem perder um senso de humor.
Um dos grandes acertos da 2° temporada foi se desvencilhar das amarras que o livro levava. Os personagens cresceram no coração dos fãs da série e tomaram rumos diferentes que a Bruna imaginou ao escrever em 2013. Continuando a história com a adição de mais um viajante no tempo; o Joel, cada integrante daquele grupo inusitados de amigos tiveram a chance de ter seu próprio desenvolvimento.
Créditos: Netflix
Destacando o amadurecimento da personagem da Anita, que saiu de uma adulta egoísta, que tinha atitudes imaturas para uma pessoa sensível, que precisa ver a felicidade dos seus amigos e que finalmente consegue superar o maior trauma da sua vida que é a morte do seu pai. Ela termina a série percebendo que impossível controlar alguns acontecimentos da nossa vida e que mesmo doloridos, sem eles seria impossível amadurecer e mudar.
Núcleos como o do César, Luísa e até mesmo o Fabrício, as discussões geradas que sabemos que seriam impossíveis de se ter em 2006, mostra a sua relevância para além de um simples entretenimento. A trama resolveu apostar nos personagens adolescentes, nos caminhos e decisões tomadas, isso claro, para fazer o público entender que o resultado da sua vida como adultos muitas vezes começa a ser construída lá trás e como apenas uma atitude pode mudar completamente o seu destino.
Créditos: Netflix
Não podia terminar esse texto sem mencionar o triângulo... ou melhor o quadrado amoroso que é apresentado. Se antes o foco da Anita era organizar tudo para finalmente ficar com o Henrique naquele futuro utópico em Paris, agora ela começa a perceber que talvez as paixões sejam apenas ilusões de algo que poderia acontecer. Fica bem claro que eles são ótimos como amigos e esse é o maior amor deles e que talvez crescer seja estar com outras pessoas. Aí ficamos com o Joel; a pessoa que grudou na Anita com a sua paixão desde o começo e o Fabrício.
Créditos: Netflix
Essa é a opinião dessa escritora; o roteiro mostrou um grande crescimento dos dois personagens e como de alguma forma eles passaram a amar e cuidar com todos os seus esforços da Anita. Porém, a narrativa reforça de forma mais enfática o crescimento do Fabrício. Seja com a Luísa e o entendimento dele que foi um amor proibido que já passou, a relação de ser um bom irmão para o César/ Camila; de apoiar e defender mesmo com todos os seus medos ou de como ele aprende a gostar de uma pessoa sem esperar conseguir algo em troca. Mesmo que vejamos o amadurecimento do Joel, de um amargurado apaixonado para um bom amigo, nada se compara ao que falei acima.
Por isso, com o final da temporada como foi e a incerteza (até esse momento) da renovação para uma 3° temporada (até porque a série amarrou as principais pontas e fechou os principais arcos), declaro que a minha torcida inegociável e a fanficagem também está para o casal Anita e Fabrício. Não tem como negar a química entre a Maísa e o João Guilherme.
Mas me fala, qual a sua opinião sobre a 2° temporada de "De volta aos 15"?
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