Crítica | Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim

Poster de divulgação do filme "Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim" no Brasil.
(Imagem: Divulgação/Universal Pictures)

No fim de outubro tivemos a estreia de mais um longa metragem vindo de um jogo. Dessa vez o jogo “Five Nights at Freddy's” (FNAF) ganhou uma adaptação em filme estrelada por nomes como Josh Hutcherson, Matthew Lillard e Elizabeth Lail.


Para alguém que não conhece nada sobre a obra isso não significa nada, mas aqueles que acompanharam em algum momento qualquer youtuber gamer nos últimos dez anos vai conhecer “Five Nights at Freddy's”.


A obra de Scott Cawthon se tornou tão grande que resultou em uma franquia com diversos jogos, livros e agora um filme. Além é claro de vários fãs super envolvidos com o universo do jogo e suas teorias.


“Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim” teve uma ótima bilheteria em seu lançamento, arrecadando mais de 130 milhões de dólares com apenas três dias em cartaz. Os críticos podem ter odiado o filme mas o público foi assistir e parecem satisfeitos com o resultado.


No filme de FNAF somos apresentados a Mike Schmidt (Josh Hutcherson), um segurança que vai trabalhar no Freddy Fazbear's Pizza, local famoso nos anos 90 que agora está abandonado. Mike é assombrado por traumas relacionados a sua família e precisa do emprego para manter a custódia de sua irmã mais nova. Sendo assim ele acaba se tornando o vigia noturno do local e descobre que os animatronics (robôs) que fizeram do local um sucesso no passado são assassinos e fazem parte de uma trama obscura.



O filme “Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim” é bom?


Para fazer essa crítica eu confiei na minha péssima memória para ter uma visão menos parcial do filme. Mesmo já conhecendo a franquia eu lembrava apenas do principal de FNAF e não busquei mais nenhuma informação.


Começo dizendo que “Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim” é um filme para fãs. Entretém um público que não conhece a obra mas continua sendo um filme para fãs. A quantidade de referências nesse filme deixa isso bem claro, provavelmente deixei várias passarem despercebidas, mas para aqueles que conhecem a obra vale a pena assistir novamente para procurá-las.


A minha segunda observação é que os animatronics assassinos estavam adoráveis. A única cena onde achei que um deles estava realmente assustador foi na cena de Springtrap, o coelho amarelo no final do filme. Eu realmente torci para que Freddy, Bonnie, Foxy e Chica fizessem o que eles quisessem com os personagens. 


Foxy, Chica, Freddy Fazbear e Bonnie. (Imagem: Divulgação/Universal Pictures)

Senti que alguns detalhes do roteiro eram previsíveis se você prestasse atenção e que o foco do filme era muito mais no drama envolvendo o personagem principal do que no terror relacionado aos animatronics.


Algo que senti falta foi a questão do jumpscare que é tão característico dos jogos de FNAF. Uma cena que me lembrou muito o jogo foi a de Foxy perseguindo um dos invasores em um longo corredor. Quem conhece o jogo lembra da sensação de desespero ao ver pelas câmeras Foxy correndo até o local onde o jogador está.


Em certo momento do filme descobrimos porque os animatronics estão “vivos”, dentro deles temos os corpos das crianças sequestradas que foram o motivo para o fechamento do Freddy Fazbear's Pizza. O fato de serem crianças controlando aqueles corpos robóticos foi bem representado nas ações dos animatronics e isso fez com que eles não fossem tão assustadores assim. A cena dos personagens e os animatronics construindo o forte de mesas demonstra isso.


Os fãs de FNAF vão gostar do filme e aqueles que buscam apenas algo para assistir também. Para mim foi um bom jeito de ter novamente contato com FNAF, me pergunto se esse filme irá resultar em uma sequência trazendo mais animatronics e mostrando mais do que foi planejado para o caminho de FNAF nas telas de cinemas.



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