Depois da explosão mundial que o filme Barbie (2023) obteve nas bilheterias e nos assuntos mais comentados até então no ano passado e neste ano, é impossível não falarmos sobre Greta Gerwig e o seu talento único para dirigir filmes contemporâneos.
Greta Celeste Gerwig é atriz, roteirista e diretora norte-americana. Nascida em 1983 na cidade de Sacramento, na Califórnia, nos Estados Unidos, estudou na Saint Francis High School e formou em 2002. Sua graduação aconteceu na Barnard College da Universidade de Columbia, onde se graduou em Inglês e Filosofia.
Inicialmente, Greta queria seguir uma carreira como dramaturga, mas não obteve êxito na época. Ainda durante a sua graduação, teve a oportunidade de atuar no filme LOL (2006), de Joe Swanberg, filme que marcou a sua estreia como atriz.
A partir de 2010, a diretora colaborou em alguns filmes de Noah Baumbach, seu marido, como Frances Ha (2012) (filme que levou Greta a ser indicada para o Globo de Ouro).
Greta Gerwig é conhecida por defender pautas e temáticas do espaço feminino no cinema e o seu estilo cinematográfico vem ganhando cada vez mais atenção do público.
O estilo de direção de Greta é bastante reconhecido pelo Mumblecore: movimento de cinema independente que se iniciou nos Estados Unidos após os anos 2000. Algumas características marcantes desse movimento são os orçamentos baixos, roteiros e cenas improvisadas, normalmente atores não-profissionais e temas que giram em torno de relacionamentos amorosos entre jovens que estão entrando para a vida adulta.
A forma como Greta tem representado a mulher e os acontecimentos, sensações e pautas que permeiam as fases da vida é algo que nos desperta bastante a atenção.
Confira a seguir 3 filmes da Greta para você conhecer mais sobre o seu trabalho.
1- Adoráveis Mulheres (2019)
Sinopse: No fabuloso live-action da boneca mais famosa do mundo, acompanhamos o dia a dia em Barbieland - o mundo mágico das Barbies, onde todas as versões da boneca vivem em completa harmonia e suas únicas preocupações são encontrar as melhores roupas para passear com as amigas e curtir intermináveis festas. Porém, uma das bonecas (interpretada por Margot Robbie) começa a perceber que talvez sua vida não seja tão perfeita assim, questionando-se sobre o sentido de sua existência e alarmando suas companheiras. Logo, sua vida no mundo cor-de-rosa começa a mudar e, eventualmente, ela sai de Barbieland. Forçada a viver no mundo real, Barbie precisa lutar com as dificuldades de não ser mais apenas uma boneca - pelo menos ela está acompanhada de seu fiel e amado Ken (Ryan Gosling), que parece cada vez mais fascinado pela vida no novo mundo. Enquanto isso, Barbie tem dificuldades para se ajustar, e precisa enfrentar vários momentos nada coloridos até descobrir que a verdadeira beleza está no interior de cada um.
3- Lady Bird: a hora de voar (2017)
Sinopse: Em Lady Bird - A Hora de Voar, Christine McPherson (Saoirse Ronan) está no último ano do ensino médio e o que mais deseja é ir fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia, ideia firmemente rejeitada por sua mãe (Laurie Metcalf). Lady Bird, como a garota de forte personalidade exige ser chamada, não se dá por vencida e leva o plano de ir embora adiante mesmo assim. Enquanto sua hora não chega, no entanto, ela se divide entre as obrigações estudantis no colégio católico, o primeiro namoro, típicos rituais de passagem para a vida adulta e inúmeros desentendimentos com a progenitora.
Lady Bird foi outro filme que vi diversos comentários negativos. Uns acharam a personagem Christine muito mimada e insensível, especialmente quando se tratava de sua relação com a sua mãe. Acho que quem for assistir, precisa ter em mente que se trata de uma adolescente no final da sua fase colegial e que está prestes a ir para a faculdade. Tenho certeza que muitas garotas se sentiram identificadas com a protagonista (eu me senti em muitos aspectos), e, muitas vezes, infelizmente, essa transição de fases é carregada de muitas confusões, escolhas erradas, atitudes erradas, influências, pressão... aspectos que você só repara depois que "termina a fase" e que "amadurece" de certa forma. Imagino que Greta quis propor esse "incômodo adolescente" para o telespectador. Christine é confusa e vive coisas completamente aleatórias e foi exatamente essa personagem que Greta quis trazer e, a partir da visão dela, o filme se torna marcante de certa forma.
O que você acha das obras da Greta? Tem alguma preferida? Acho que ela ainda vai deixar muito mais marcas dela no mundo do cinema. :)
Bônus: Inclusive, Barbie (2023) está concorrendo a 6 indicações ao Oscar 2024: melhor filme, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor roteiro adaptado, melhor direção de arte e melhor figurino.
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