Vencedor de quatro prêmios no Festival do Rio 2024, Malu foi uma das melhores surpresas do Festival do Rio. Com uma história impactante e uma direção bastante sensível de Pedro Freire, Malu é uma ótima pedida para quem quer assistir algo mais reflexivo.
Inspirado na vida da atriz Malu Rocha, o filme conta a história de uma mulher de meia-idade com um passado glorioso, mas que não consegue superá-lo. Além de toda essa questão, ela também precisa lidar com as relações complexas que tem com a mãe, uma mulher conservadora que nunca aceitou sua carreira, e sua filha, que é o reflexo de si mesma que ela prefere não encarar.
Essa troca entre elas é o que dá dinamismo à obra e o que nos faz refletir sobre nossa própria vida e escolhas enquanto assistimos. Resumindo, veja!
Após um drama familiar intenso, seguimos para um thriller de suspense ambientado no Vaticano. Indicado a Melhor Filme no Festival de San Sebastián, Conclave tem sido bastante elogiado pela crítica. Especialmente pela forma como consegue transformar a sagrada eleição do papa em um suspense de espionagem.
Adaptação do livro com mesmo nome de Robert Harris, o longa-metragem acompanha o Cardeal Lawrence, religioso que, após a morte inesperada do atual Papa, fica responsável pelo processo de seleção do próximo. Para isso, se reúnem no Vaticano os líderes mais poderosos da Igreja Católica, cada um com sua própria agenda e ambição.
Esse mix cria a atmosfera perfeita para o thriller político de Edward Berger. Tanto por trazer discussões importantes para o momento atual quanto por como a narrativa é conduzida.
Indicado ao prêmio Première Brasil —- Novos Rumos do Festival do Rio, A Procura de Martina foi um dos destaques do festival. Poderoso e muito impactante, o longa-metragem entrega uma narrativa profunda e recheada de reflexões.
Nele, somos apresentados a Martina, uma viúva argentina de 75 anos diagnosticada com Alzheimer, que pode finalmente ter a informação de que precisava para encontrar seu neto desaparecido há mais de 30 anos.
Dessa maneira, em uma luta contra o tempo, ela vai até o Rio de Janeiro para tentar encontrar o neto antes que a doença a faça esquecer de toda a sua história. Sua busca está diretamente relacionada à história das Ditaduras Militares e denuncia os sequestros de bebês de militantes políticos que aconteceram na época. Mais do que tudo, a obra vem mostrar como esse momento histórico trouxe dor a pessoas reais, como Martina.
Outro filme super necessário da lista é The Outrun. Estrelado por Saoirse Ronan, conhecida por seu trabalho em Lady Bird, ela brilha mais uma vez em uma narrativa intensa e pesada. Aqui ela interpreta Rona, uma jovem adulta que está tentando lidar com o alcoolismo e recuperar sua vida.
Baseado na autobiografia da jornalista Amy Liptrot, o filme mistura elementos de folclore e da natureza para nos apresentar os sentimentos confusos e intensos de uma alcoólatra em recuperação. Nessa busca de cura, a protagonista se muda de Londres para a sua terra natal, as Ilhas Órcades na Escócia.
As noites agitadas são trocadas pelo uivo do vento sempre frequente, que a conduz para uma jornada de redescoberta e com o tempo de cura. Apesar de ser um filme difícil de assistir, é também um lembrete gentil de que a recuperação é um processo que vale a pena enfrentar, mesmo sendo difícil.
A última indicação da lista é o documentário que aborda a carreira e vida de Christopher Reeve. Conhecido por interpretar o melhor Superman aos olhos dos fãs, o filme vem contar sua história de ascensão e como sua vida se transformou após um acidente de hipismo que o deixou tetraplégico.
Indicado ao Critics Choice Documentary Awards 2024 em seis categorias, o documentário é um dos lançamentos mais esperados do ano. Já em cartaz nos cinemas brasileiros, Super/Man traz um retrato simples, mas comovente da história do ator.
Um dos destaques é como a obra consegue estabelecer paralelos entre a jornada do seu personagem e a realidade de Reeve. Embora não traga nenhuma informação inédita, o longa é uma homenagem fiel e uma celebração à vida de Christopher que definitivamente vale ser assistida.
Com isso, a lista fica por aqui, mas não se engane, esses não são os únicos filmes do Festival do Rio que valem a pena ser vistos. Entre outros que acabaram ficando de fora dessa lista estão: Emilia Perez, O Quarto ao Lado, Twiggy e os nomes continuam… São tantos que não dá nem para citar todos aqui. Qual desses vocês querem ver primeiro? Conta para a gente nos comentários.
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